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sábado, julho 30, 2022

OS QUARTOS (EXTRATO) - GERTRUDE STEIN - TRAD. ERIC PONTY

Obrar para que não haja uso num centro. Uma ação ampla não é uma largueza. . Um preparativo é dado aos que se preparam. Eles não comem quem menciona prata e doces. Havendo uma arte.
Um centro inteiro e uma fronteira fazem do forro uma forma de vestir. Não é por isso que há uma voz é o que resta duma oferta. Não houve aluguer.
Assim, a melodia que está ali tem uma pequena peça para tocar, e o exercício é tudo o que há de rápido. A ternura e a verdade que não faz largueza para cortar é o tempo que há questão a adoptar.
Para começar o cargo, não há vagão. Não há mudança de isqueiro. Foi feito. E depois o espalhamento, que não estava a ser feito e que precisava de ficar de pé, e ainda assim o tempo não foi tão difícil porque não estavam todos no lugar. Não tinham troco. Não foram respeitados. Eram isso, fizeram-no tanto na matéria e isto mostrou que aquele povoado não estava condensado. Estava ali lavrado. Qualquer mudança estava nas extremidades do centro. Uma pilha era pesada. Não havendo qualquer mudança.
Ardido e atrás e levantando uma pedra temporária e levantando mais do que uma gaveta.

O exemplo de haver mais é um exemplo demais. A sombra não brilha no modo como há uma linha negra. A verdade chegou. Há um distúrbio. Confiar no rapaz de um padeiro significava que haveria muita troca e de qualquer forma o que é a uso de uma cobertura para uma porta. Há um uso, eles são duplos.
Se o centro tiver o lugar, então há distribuição. Isso é natural. Há uma contradição e, natural, o regresso para local sendo natural.
São dos lados e o centro. Isto pode ser visto a partir da descrição.
O autor de tudo o que está lá dentro atrás da porta e que entrou pela manhã. Explicar o escurecimento e a expectativa de relação é tudo uma peça. O fogão é maior. Era de uma forma que não tornava o público maior, se a abertura for assumida porque não haveria de haver de rebaixar. Qualquer força que seja aplicada sobre o chão mostra fricção. Isto é tão agradável e doce e, no entanto, vem a mudança, vem o tempo de apertar mais ar. Isto não significa o mesmo que a supressão.
Um leãozinho persistente e uma cadeira chinesa, todo o queijo bonito que é pedra, tudo isso e uma escolha, uma escolha de um mata-borrão. Se é difícil fazê-lo de uma maneira, não há lugar de problemas semelhantes. Nenhum. Todo o arranjo é estabelecido. O fim da qual é que há uma sugestão, uma sugestão de que pode haver uma brancura diferente de uma parede. Isto foi pensado.
Uma página a um canto significa que esteja vergonha não é maior quando a mesa está mais tempo. Um copo é de qualquer altura, é mais alto, é mais simples e se fosse colocado, não haveria qualquer dúvida.
 Algo que é uma ereção é aquilo que se mantém de pé e alimenta e silencia uma lata que está a inchar. Isto não faz nenhum desvio que seja dizer o que se pode exaltar, o que é cozinhar.
Um brilho é aquele que, quando coberto, muda essa permissão. Um invólucro mistura-se com o mesmo, ou seja, há uma mistura. 
Uma mistura é àquela que não contém ratos e isto não é por causa de um chão, é por causa de Nada, não é por causa duma visão.
Quando o local foi trocado ficou todo o que foi retido e o Todo o que não agradaria mais do que do outro. A questão é está, é possível sugerir mais para substituir essa coisa. Esta questão que está negação perfeita fazendo com que o tempo modifique a toda a hora.


Qualquer tempo molhado significa uma janela aberta, o que está ligado a comer, qualquer coisa que seja violenta e cozinhada e demostre que o tempo é o mesmo no final e porque é que há mais uso em algo do que em tudo isso.

As caixas são feitas, e, os livros, os livros de fundo são usados para se fixar as lamentações e a igreja. São até empregados para trocar chinelos pretos. Não podem ser remendados com cera. Não demostram qualquer obrigação de tal ocasião.

Um salgueiro e nenhuma janela, um lugar largo e estranho, uma intensidade fazem dele um centro ativo.
A visão de nenhum gato maricas é tão díspar que uma zona do tabaco sendo branco e creme.

Um lilás, sendo todo lilás e nenhuma menção de manteiga, nem mesmo pão e manteiga, qualquer manteiga e nenhum momento, nem sequer uma afinidade silenciosa, nem mais cuidado do que apenas altivez cabível.
Um peso seguro é aquele que, quando lhes agradam, está suspenso. Um peso mais seguro é mais uma malandragem num espetáculo. O melhor jogo é aquele que é intenso e riscador. Por favor, um pese uma bolacha e um uso miserável do Verão.
Surpresa, a única surpresa não tem ocasião. É um material e a secção toda a secção é de uma estação.
Uma bicada que é uma carícia e não pior do que na mesma manhã não é a única forma de ser sucessiva com constância.
Uma luz na lua a única luz é no domingo. Qual foi a decisão sensata. A decisão sensata foi que não obstante muitas declarações e mais música, não obstante a escolha e duma tocha e uma colecção, não obstante o chapéu memorativo e umas férias e ainda mais barulho do que o corte, não obstante a Europa e a Ásia e o fato de ser imperiosa, nem mesmo apesar dum elefante e de uma ocasião estrita, nem mesmo com mais cultivo e algum tempero, nem mesmo com forro e com o oceano circundante, nem mesmo com mais afinidade e qualquer nuvem, nem mesmo com um terrível sacrifício de pedestrianismo e uma alvará especial, nem mesmo com maior probabilidade de ser agradável. O cuidado com que a chuva está errada e o verde está errado e o branco está errado, o cuidado com que há em uma cadeira e muita respiração. O cuidado com que há numa justiça e afinidade incrível, tudo isto faz um espargo surpreendente, e também uma fonte.
GERTRUDE STEIN - TRAD. ERIC PONTY

O POETA, TRADUTOR,LIBRETISTA ERIC PONTY NA ABL

DICIONÁRIO DE ESCRITORES E POETAS SÃO-JOANENSES

 

O POETA, TRADUTOR, LIBRETISTA ERIC PONTY NA ABL

sexta-feira, julho 29, 2022

ESTUDOS DANTESCOS SOBRE BUSTOS DA ABL - ERIC PONTY

 


Aspecto de altar duma igreja ímpar,
Alguém diante aleluia silenciou,
E aos passos na selvagem, rude estrada,
Que não é espírito, não voa nada.

Dos passos sobre busto olhar mergulha,
Margem, não tão alta nem tão possa,
Sendo que nós, quais qualquer olha trás,
Conosco em nós buscais ao outro faz.

Fomos pela uma igreja ímpar das margens,
Nós passamos do aspecto de altar trás,
Ficamos tontos, que olhar quando possa.

Longe da treva, já, em marcha distante,
Seja quem for autor diga-nos nome,
E alguém diante aleluia sê repousou.

Aspecto de altar duma igreja ímpar,
E ante qualquer ofensa se apresta,
Que já conheci todo o que contenha,
E como fui dessa ribanceira sexta.

E os Dêmos tormentosos quais cú,
Semelhantes tais eles num trombone,
Foi-lhe preciso erguer postura fronte,
Feroz soldado atacam um mendigo.

Ante inimigos, quantos, triunfantes,
Temi que o trato fosse posto aparte,
Em que promessa amiga não se abona.

Diziam, garfo baixo espete a vara,
Lá nessa sombra. Já um outro respondia,
E mete já e faz que a tora seja rara.

POETA, TRADUTOR, LIBRETISTA ERIC PONTY NA ABL

quinta-feira, julho 28, 2022

A FLAUTA DE JADE - ERIC PONTY

 Para Stael Viegas


Em fileiras negras, existem gansos selvagens cruzando o céu. Ainda existem ninhos. O vulto da montanha parece ser o mais pesado. És achei perto de uma árvore uma fonte onde havia uma Flauta de Jade.

Tocaste sem fim, pois esse é teu ofício. Vivis a tocá-la nos cerimoniais e cortejos dos policiais Mortos pelas milicias, E, troca de tiros pelos confrontos sendo esse ofício enchendo-a de melodias para que esses policiais possam repousar no vulto da montanha.

Ao toque imortal de teus lábios na flauta de Jade, o meu pequeno íntimo olvidou tais traços da alegria e escuta das inexprimíveis melodias, será que são ao cantarem esses seus destinos?

Teu infindo tom de tua Flauta de Jade chega até mim trazendo os murmúrios desses policiais numa harmoniosa cantiga às minhas exíguas mãos. Passam os anos vais vertendo sempre essas alegrias de escutar essas inexprimíveis melodias...

ERIC PONTY
  
POETA, TRADUTOR, LIBRETISTA ERIC PONTY

MEU PAI ENTRE NUVENS - ERIC PONTY

 

MARIA CARMEN VIEGAS LADEADA PELO MEU PAI


Que me quer, que a mim pai está saudade me arde,
Fazia o coro cantar, no ar música egrégios,
Já um dó sem valor, há ruir no áureo altar
Mal aclarava o toque em frígida da chave.

Íamos sós os dois – saudade – o pensamento
E os devê-los ao céu, flutuando ao sabor léu.
E eis que ele a me fitar, num enternecimento,
Filho: - qual foi, no versar teu Auro momento?

Com a voz patriarcal de vibrações amenas,
Em furtiva resposta eu disse apenas,
E toquei suas mãos nuvem, devotamente.

A primeira emissão... como fui abençoado,
E que encantado tom, que sibila atraente,
Tem o diáfano som dos lábios encantados.

ERIC PONTY


quarta-feira, julho 27, 2022

DOIS SONETOS PARA DANTE NUM BUSTO da ABL - ERIC PONTY

PARA ALEXANDRE SCHUBERT




E assim inicie: Poeta, és tua virtude,
Olhas sê há em mim valentia sê assim,
Para o alto engenho que ora me pedes,
Do corpo corruptível, és imortal.

Sê arcabouço me faço inda patente,
Cortês lhe permitisse pelo qual,
Tua nobreza cá tem seu momento,
Visão clamada à mente, que não herda.

Eu aprontava apartar, afrontar guerra,
Ó amada, tu escreves que eu dizia,
Visão chamada à Morte, que não erra,

Mas que o opositor de toda a fé,
Do corpo corruptível, és imortal,
Século andou, afetuoso inda presente.




Mas eu por quê? Por que a Tua graça arde,
Bem mais que alvorada que aos olhos dela,
E me sabem menor que está licença,
Curvo-me à Vós mundo que inda perdura.

Cuja flama no mundo que inda dura,
Em seu dizer angelical já se irmana,
Como quem deixa aquilo que procura,
Cuja lama no mundo profana alma.

Já muitas vezes os homens ensobra,
E ao tempo ampara iguala amor irmana,
Ou por novo pensar muda a proposta.

Seguia eu entre suspensos quando vi,
Que me clamava santa dama ouvi,
E de começar pelas coisas depura.
ERIC PONTY
POETA, TRADUTOR, LIBRETISTA ERIC PONTY

terça-feira, julho 26, 2022

INVENTIVAS CONTRA OS CISNES - WALLACE STEVENS - TRAD. ERIC PONTY

Alma, ou me oponho, voe pra além dos parques,
Muito além do dissídio do vento, primevo,
No bronze da chuva o Sol descendente marcas
Da morte do Verão, há que o tempo dura.

Igual uma quem tem rabiscos apáticos,
Dourados manuscritos de Paphos cartuns.
Deixando o seu branco as penas pra a lua
Dando o seu brando movimentos do ar.

Eis que, já no longo grande coisa beira,
Gralhas ungem estátuas com sua sujeira.
Sê alma, nem me oponho, sós, as moscas
Pra além do frio dos carros, pra o céu.
Wallace Stevens – Tradução Eric Ponty

POETA, TRADUTOR, LIBRETISTA ERIC PONTY




FELIZ É A INGLATERRA! EU PODERIA ESTAR CONTENTE - John Keats – Trad. ERIC PONTY

FLAUTISTA STAEL VIEGAS LADEADA ERIC PONTY


FELIZ É A INGLATERRA! PODERIA ESTAR CONTENTE,
Não ver outra verdura a não ser a tua própria;
Não sentir outras brisas além das são sopradas,
Por meio dos bosques altos e com altos romances:
No entanto, por vezes sinto uma languidez,
Pra os céus italianos, e dum gemido interior,
Sentar-se sobre Alpe como sobre um trono,
E metade olvida o que mundo ou mundano.
Feliz é a Inglaterra, doces são filhas sem arte;
Basta-me a Tua simples beleza graciosa,
Bastam os braços mais brancos se agarrem em silêncio:
No entanto, queimo lhes muitas vezes calmo pra ver,
E flutuarem com eles sobre as águas de Verão.

JOHN KEATS – Trad. ERIC PONT

segunda-feira, julho 25, 2022

PALHACINHOS NA GANGORRA - MÚSICA DE ALEXANDRE SCHUBERT - LIED ERIC PONTY

  Jugendchor des Goethe-Gymnasiums beim Konzert am 09.06.2022

ESTREIA NA ALEMANHÃ

PARA ESCLARECIMENTO, O PROFESSOR ABGAR TIRADO, ESCLARECE QUE NUMA COMPOSIÇÃO TANTO LETRA E MÚSICA TÊM PESOS EQUIVALENTES, SENDO QUE NESSA APRESENTAÇÃO NA ALEMANHÃ À   COMPOSIÇÃO VEIO COMO O PENULTIMO QUE NUM RECITAL ESTA COMPOSIÇÃO SE TORNA A MAIS IMPORTANTE DO ESPETACÚLO.

O POETA E TRADUTOR ERIC PONTY E O COMPOSITOR ALEXANDRE SCHUBERT
 

CARTÕES AMANTES DE POESIA - ERIC PONTY

 AGRADEÇO À Débora Malucelli

POETA E TRADUTOR: ERIC PONTY




domingo, julho 24, 2022

BREAKFAST. ( OBJETOS) - GERTRUDE STEIN - ISOTOPIA ERIC PONTY

 


OBJETIVOS.

Dentro, só no corte e na juntura esguia, com iguais súbitos e não mais de três, dois no centro fazem dois de um mesmo lado. Se o cotovelo é longo e está cheio, então o melhor exemplo está todo junto. O tipo de espetáculo é feito por apertão.

BREAKFAST.

Uma variação, uma variação final inclui batatas. Isto não é autoridade para o abuso do queijo. Que língua poderá instruir qualquer indivíduo.

Um pequeno almoço intenso, um pequeno almoço intenso, sem disputa, sem prática, sem Nada, sem Nada.

Uma fatia repentina muda a fé inteira, fá-lo de repente. Uma igreja ímpar.

Uma repetição, mais cópia, reprodução bem sucedida. Qualquer coisa que seja decente, qualquer coisa que esteja presente, uma calma, e, um Padre com sermão e, mais singular, ainda   com um abrigo, tudo isto demonstra-nos a necessidade do clamor. O que é o costume, o costume está no centro.

O que é uma língua e pimenta amorosas e mais peixe do que há quando são imprescindíveis muitas lágrimas. A língua e o salmão, não há salmão quando o castanho é uma cor, há salmão quando não há significado para um alvorecer possa ser mais agradável. Não há salmão, não há chávenas de chá, há o mesmo tipo de mostos que são usados quais estômagos pelas esperanças de comer que tornam os ovos deliciosos. A bebida é susceptível de despertar um certo respeito por uma chávena de ovo e mais melancia do que alguma vez foi comido ontem. 

A cerveja é descurada e café todo o café e uma amostra de sopa toda a sopa são uma opção de um padeiro. Uma chávena branca significa um casamento. Uma chávena molhada significa umas férias. Uma chávena forte significa uma lei especial. Uma única chávena significa um arranjo de capital entre a gaveta e o local que está aberto.

O preço por um preço não está na língua, não está no costume, não está no elogio.

Uma perda de cor, porque é que não há lazer. Se a encalço é tão ruidoso que nada é solene, existe qualquer ocasião de asseveração. Uma volta cinzenta para alto e para baixo, um bolso silencioso cheio de muito ânimo, toda essa sucessão flexível da rendição faz uma alegria engenhosa.

Uma brisa num frasco e mesmo depois do silêncio, uma precocidade especial, uma brisa num frasco e mesmo assim silêncio, uma precocidade especial numa prateleira, um gorgolejo inteiro e mais queijo do que quase tudo, sendo isto um espanto, fazendo isto se inclinar mais do que a divisão original entre um tabuleiro e um arranjo de conversa e mesmo assim uma chamada para outra sala suave com alguma galinha de qualquer forma.

Uma forma dobrada que é uma forma de se declarar que o melhor está tudo junto, uma forma dobrada não demostra nenhum resultado, demostra uma ligeira contenção, demostra uma compulsão de retração.

Suspeitar de uma única flor com manteiga, suspeitar certo, suspeitar e depois patinar, isso não alterará uma contagem. Um bastão reparado, um copo reparado, um artigo reparado de descontração e zanga excepcionais, duma ferida, reparada, ferida e reformada é tão imprescindível que não se pretende cometer qualquer erro.

O que é mais provável do que um assado, nada verdadeiramente e, no entanto, nunca é singular decepcionado.

Um bolo firme, qualquer bolo firme é perfeito e não simples, qualquer bolo firme tem uma razão de montagem e mais do que isso, tem côdeas singulares. Uma estação demais é uma estação que é, em vez disso. Uma estação de muitos não é mais uma estação do que a pluralidade.

Não tomar nenhum remédio de ânimo leve, não aceitar nenhum pedido de urgência, não tomar decisão nenhuma união com clemência, ter cuidado com nenhum lago e nenhuma despensa.

Carregar azarada o saco molhado rasgado, sobrecarregá-lo para que seja uma ereção em susto e em um clima e no melhor plano que possa existir.

Uma cor comum, uma cor é aquela mistura estranha que faz, que faz, que não faz um sumo madureço, que não faz seja um tapete.

Uma obra que é um secundário, um verdadeiro enrolamento do disfarce de um resgate relaxante. Isto que é tão fresco não é pó, não é sujo no aroma, poderia usar água branca, poderia usar de forma mais admirável e sem solidão. Isto que é tão pouco atraente e não alargado e realmente não tão mergulhado como doce e realmente doce, muito doce, ordinário, doce, doce, doce, não nesse doce e doce. Se o tempo é cuidado, se é cuidado e há reunião, há reunião com esse esboço, então há uma persiana perfurante, toda uma gritaria perfurante, todo um clima bastante afável, todo um exterior fano, tudo isso no mais grave crível.

Uma desculpa não é sombria, um único prato não é manteiga, um único peso não é inquietação, dum estrago solitário não é apenas seja marcial.

Uma proteção mista, muito mexida com a mesma falta de estranheza intencional e de equitação, uma única ação instigada não é imperiosa mais um sinal do que dum ministro.

Sentar-se uma faca perto de uma gaiola e muito perto de uma decisão e mais perto de um gato e de uma tesoura de trabalho atempado. Faça isto temporariamente e não cometa mais erros de pé. Espalhando tudo e organize um lugar branco, fazendo este espetáculo em casa, não demostre o verde que não é imperativo para aquela cor, nem sequer demostre na elucidação e, singular, não esteja de todo hirto.

 GERTRUDE STEIN - ISOTOPIA ERIC PONTY

O POETA E TRADUTOR ERIC PONTY




sábado, julho 23, 2022

DUAS EPIFANIAS - TRAD. ERIC PONTY

 JOÃO BOSCO DE CASTRO TEIXEIRA

Deus move-se duma forma misteriosa,
São Tuas maravilhas a realizar;
Ele planta os Teus passos no mar,
E cavalgando sobre a tempestade.
Nas profundezas de minas insondáveis,
De habilidade nunca foi Errada,
Valoriza os Teus intensos desenhos,
E trabalha a Tua vontade soberana.
Santos temerosos, nova coragem toma,
Das nuvens que tanto temeis
São grandes com Misericórdia,
E com Ele deveram romper-se,
Em bênçãos sobre a Tua cabeça.
Não julgueis o Senhor pelo sentido débil,
Mas confiem Nele pela Tua graça,
Muito por detrás duma Providência
Iram de franzir o sobrolho, onde
Ele oculta uma cara sorridente,
Os Teus propósitos amadurecerão,
Com desdobramento de hora em hora;
Sendo botão poderá ter um sabor amargo,
Mas tão doce será com está flor.
Descrença cega é certa que errará,
Que sendo Deus é o seu próprio interprete,
E vai torná-lo simples aos olhares dos homens.
— William Cowper — Trad. ERIC PONTY

Tudo o que importa é estar em sintonia com o Deus vivo,
Será duma criatura na Casa do Deus da Vida.
Como um gato a dormir numa cadeira
Em paz, em paz, em paz, em paz
E com o dono da casa, com a patroa,
Em casa, em casa na casa dos vivos,
Dormir na lareira, e bocejar antes do incêndio,
Dormirem na lareira do mundo vivo,
Bocejar em casa antes do fogo da vida
Sentir Tua presença do Deus vivo,
Como duma grande garantia
Duma calma profunda no coração,
Tua presença,
A partir do Mestre sentado no Conselho,
No seu próprio e maior ser,
Na Casa da Vida.
 
— D. H. Lawrence — Trad. ERIC PONTY
POETA E TRADUTOR ERIC PONTY

Evening Star - EDGAR ALLAN POE - TRAD. ERIC PONTY

 PARA MÁRCIA ANDREA


"Era meio-dia de Verão,
E sendo no meio da noite,
E estrelas, nas suas órbitas,
Brilha pálida, através da luz,
Da lua mais brilhante, fria.
"Planetas médios os seus servos,
A si próprio no Céu,
Olhei por um bom tempo,
Sobre o seu sorriso frio;
Demasiado frio para mim.
Ali passou, qual um sudário,
Numa nuvem de pulga,
E eu virei-me para ti,
Orgulhosa Estrela da Noite,
Na tua glória à distância
E mais prezada será a tua luz;
Para alegria do meu coração,
É a parte orgulhosa
Tu suportas no Céu à noite,
E o que mais admiro
do teu fogo distante,
do que àquela luz mais fria e crédula.
EDGAR ALLAN POE - TRAD. ERIC PONTY
O POETA E TRADUTOR ERIC PONTY 

sexta-feira, julho 22, 2022

A SUA TEZ DE POETA - ERIC PONTY

PARA KAREN 

ERIC PONTY

ISOTOPIA DESTA AVENIDA - ERIC PONTY


Pus-te num recinto, que é do sítio onde
Deverá estar há quem se ama, esse lugar
Sendo d´alma que, é familiar, não ocultar,
Dum aspecto de altar duma igreja ímpar.

 Mas, sê a crença for sempre indecisa,
Só não se poderá ter por escolhida, sorria
Hás-te saber que Nada nos garante vivida,
que eu esteja vendo imagens na padaria!

Talvez tu não estejas lá por um acaso, hoje,
Ficarei a venerar-te qual à sombra da vida,
Porque precisa ser vivida qual branca página,
Sê imagina retornar qual Orfeu e sua Lira...
ERIC PONTY
O POETA E TRADUTOR ERIC PONTY


quinta-feira, julho 21, 2022

CANÇÕES DA INOCÊNCIA E DA EXPERIÊNCIA - W. BLAKE - TRAD. ERIC PONTY - (EXTRATOS)

 MOSTRANDO OS DOIS ESTADOS CONTRÁRIOS DA ALMA HUMANA


CANÇÕES DA INOCÊNCIA

INTRODUÇÃO

A descida dos vales selvagens,
Canções de alegria prazerosa,
Sobre uma nuvem vi uma criança,
E criança, sorrindo, disse-me:

"Guita a canção sobre um Cordeiro"!
Sendo por isso, pipi com alegria.
"Guita, canta àquela canção outra vez".
Por isso, chorei: ele chorou pra ouvir.

"Larga a tua guita, a tua guita feliz”;
Canta então tuas canções de alegria"!
Por isso, voltei a cantar o mesmo,
Enquanto chorava de alegria ao ouvir.

"Piper, senta-te e me escreve,
Num livro, que todos podem ler".
Por isso, ofuscar-se da minha vista;
E arranquei uma cana oca,

E fiz então uma caneta rural,
E manchei a água com clareza,
E escrevi as minhas canções felizes,
Cada criança pode alegrar por ouvir.

O PASTOR

Quão doce é o destino doce do pastor!
Desde a manhã até à noite, ele vagueia;
Ele seguirá as suas ovelhas o dia todo,
E a sua língua será repleta de elogios.

Pois ouve o chamado casta dos cordeiros,
E ao ouvir qual resposta da ovelha;
Está atento enquanto estão em paz,
Pois sabem quando o seu Pastor está perto.
O CORDEIRO

Cordeirinho, Quem enfim te fez?
Acaso sabes Quem enfim te fez?
Deu-te vida, e, deu-te comer,
Junto ao riacho e ao hidromel,
Deu-te roupa para teu deleite,
Roupa mais macia, lanosa, clara;
Deu-te uma voz com ternura,
Fez Todos vales regozijem?
Cordeirinho, quem te criou afinal?
Sabes quem te criou? Sabe afinal?

Cordeirinho, digo-te; Quem te criou?
Cordeirinho, digo-te; Quem te criou?
Ao Ser chamado pelo Vosso Nome,
Pois chama-se a Si próprio Cordeiro.
Pois, ele és tão manso e tão suave,
Tornando-se assim qual criança.
Eu sou criança, e, Tu és cordeiro;
Somos Chamados pelo Nome Dele!
Ó Cordeirinho, Que Deus te abençoe!
Ó Cordeirinho, Que Deus te abençoe!
O MENINO NEGRO

A minha mãe aborreceu-me na selva do sul,
E eu sou negro, mas, só minha alma é branca!
Branco como um anjo é uma criança inglesa,
Mas sou negro, feito se fosse enlutado de luz.

A minha mãe ensinou-me debaixo duma árvore,
E, sentados quais antes do calor do meio dia,
Ela pegou-me no colo e beijou-me mui terna,
E, apontando para o Oriente, começou dizer:

"Olha para o sol nascente: ali Deus vive,
E nos dá a Sua luz, e dá o sol Seu calor,
E flores e árvores e animais e homens recebem
Conforto pela manhã, alegria ao meio-dia.

E nós somos postos na terra um pouco de espaço,
Possamos aprender a suportar as vigas do amor;
E estes corpos negros e está cara ardida pelo sol
São apenas uma nuvem, e, um bosque sombrio.

"Pois, quando almas tiverem de instruir-se o calor,
 A nuvem desaparecerá, ouviremos a Tua voz,
Dizendo: "Sai do bosque, meu amor e carinho,
E à volta da minha tenda douro cordeiros exultam".

Assim disse-me a minha mãe, e beijou-me,
E assim lhe digo ao pequeno rapaz inglês.
Quando eu preto, for, ele, branco libertos nuvens,
E à volta da tenda de Deus, cordeiros, alegramo-nos.

Fazer-lhe sombra desde calor até possa suportar,
Apoiar-se com alegria no joelho do nosso Pai;
Ficarei de pé e acariciar lhe os cabelos prateados,
E serei qual ele, igual então ele irá amar-me.
O BLOCO

MERRY, feliz pardal!
Debaixo de folhas tão verdes,
Uma flor feliz
Vê-la, célere como uma flecha,
Procure o berço estreito,
Perto do meu seio.

Gentil, bonito Robin!
Debaixo das folhas tão verdes,
Qual uma flor feliz,
Ouve-te a chorar, a soluçar,
Bonito, bonito Robin,
De tão perto do meu peito.


O MENINO PERDIDO

"Pai, pai, onde é que vais? Essa.
Não caminhem tão depressa!
Diga, pai, diz com o teu rapazinho,
Ou então perder-me-ei no caminho".

Noite estava escura, nenhum pai havia lá,
A criança estava molhada com o orvalho;
Lama era profunda, e a criança chorava mesmo,
E o vapor voou.
O MENINO ENCONTROU

Rapazinho perdido no pântano solitário,
Conduzido pela luz errante,
Abriu a chorar, mas Deus, sempre por perto,
Apareceu feito o seu pai, de branco.

Ele beijou a criança, e pela mão conduzida,
E à sua mãe trazia,
Que na tristeza pálida, através do vale só,
O seu rapazinho chorando procurava.

WILLIAN BLAKE
O POETA E TRADUTOR ERIC PONTY 

quarta-feira, julho 20, 2022

SONETO A MULHER SOLTEIRA - ERIC PONTY

 


Com a mão num instante esteja lavra,
Sequiosa de escrever eterno rosto,
E a nuvem longínqua arfar o crepúsculo,
A comprazer no rosto cá descrito.

Mas ao tocá-la e lhe perceber grácil,
De que anuncia, e traçado corpo frágil,
O tempo, de instante toma-lhe rosto,
Sendo ali lhe põe anunciar com ela.

No princípio não se percebe nada,
Mas ao cantar depois ela se guarda,
Um par confuso e inspiração instante.

A cada aparição vem réstia dele,
Sendo expulso da confraria amor,
Instante também cantar de repente.

ERIC PONTY

Albert Giraud - Pierrot Lunaire - (Extratos)trad. Eric Ponty

 

O Pierrot Lunaire do Poeta belga Albert Giraud onde só se conhece à tradução e adaptação para o alemão Otto Erich Hartleben.  Aqui vertido por mim onde nomes próprios e grafias seguem o original belga.

THÉATRO

Eu sonho um teatro aprumado âmbar,
Cujas efígies de vertentes Breughel 
Shakspeare, dum pálido palácio cruel.
Watteau destes recursos cores âmbar.

Por hesitantes atuais deste dezembro,
Aquecida era tocadas violetas barros,
Eu sonho um teatro de aprumado âmbar,
Cujas efigies vertentes são Breughel.

Excitantes pelas cenas dos Gengibres
Nos fez aparecer crispins horríveis,
Algodoes descarnadas panturrilhas
Para Colombina aprumada âmbar,
Eu sonho um teatro aprumado âmbar


A COLUMBINA

As flores pálidas da luz da lua,
São quais são das rosas de luz,
Florescidas nas noites de Verão:
Se eu pudesse nomear uma!

Para aliviar a minha desgraça,
Busco ao longo do rio Lethe,
Estás flores pálidas da luz da lua,
Quais das rosas desta clareza.

E vou acalmar meu ressente,
Se eu tiver deste céu furioso,
Da voluptuosidade quimérica,
Despir-se o velo de castanho,
Tais quais flores pálidas da lua!


ARLEQUIM

Mais luxuoso do espectro solar,
Cá está o Arlequim muito fino,
Quem amassa o casaquinho
Da muita empregada tesuda.

Para apaziguar está sua raiva,
Dançou até com uma lantejoula.
Mais gentil do que espectro solar,
Cá está nosso magro Arlequim.

Mulher idosa, embolsar o salário,
Entregou a Colombina ao patife,
Que sobre grande céu azul turquesa
É desenhado e já cantado a lanlaire,
Mais formoso deste espectro solar.



O Pincel de Lua

Um feixe lunar que muito pálido
Na parte de trás do terno preto,
Pierrot-Willette saiu ao tardar noite
Para andar passagem pela a Boa sorte.

Mas sua casa de banho incomoda-o:
Inspeciona-se a si mesmo, e afinal vê,
Dum feixe lunar passar muito pálido,
Na parte detrás do terninho negro.

Ele arma que para se tratar duma
Mancha estuque, e sem esperança,
Que até de manhã, no passeio lunar
Esfregará com coração mui doído,
Com um raio de lua já muito pálido!
O POETA ERIC PONTY EM MEIO DOS SEUS LIVROS


terça-feira, julho 19, 2022

A MORTE DO NATURALISTA - (trecho) - Seamus Heaney - Trad. ERIC PONTY

Todo o ano o linho-do-mar apodrece no coração,
Vindo do interior; verde e de cabeça pesada,
Linho tinha apodrecido ali, ponderado por enormes terras.
Diariamente inclinava ao sol cativante.
Bolhas gargarejadas delicadas, garrafas azuis,
Teceu uma forte gaze de som em torno do cheiro.
Havia libélulas, borboletas malhadas,
Mas o melhor de tudo foi a quente e grossa baba,
De papagaio de rã que cresceu qual água coagulada,
Na sombra dos bancos. Cá, todas as Primaveras,


 Seamus Heaney - Trad. ERIC PONTY

segunda-feira, julho 18, 2022

Consagro tua Memória Vozes Mortos - ERIC PONTY

VICENTE VIEGAS - IN MEMORIAN DE TRÊS ANOS -
LIRA SANJOANENSE - VICENTE VIEGAS - TENOR

Meu pai (Vicente Viegas) foi um Tenor da Lira Sanjoanense, Servidor público pelo DAMAE pelo qual se aposentou, além hobby de pintar do qual é apresentação do meu retrato desse bloque é dele além de outras coisas.