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terça-feira, junho 25, 2024
NOSFERATU (Universal Studios) - XXX - Heinrich Ossenfelder - Trad. Eric Ponty
domingo, dezembro 10, 2023
Oito Sonetos de Francesco Petrarca - Trad. Eric Ponty
o som dos suspiros com que alimentei o meu coração
terça-feira, junho 01, 2021
PERSONA DE LUIZ DE CAMÕES _ ERIC@PONTY:
PERSONA DE LUIZ DE CAMÕES
LEONOR
Descalça vai para ao monte
Leonor pela candura;
Leva na cabeça o mote,
do gesto nas mãos que mata,
Pinta de fino escarlate,
Sainha de chamalote;
Traz o mesmo fruto à sorte,
Mais alva que a neve pura.
Formosura, e não atura.
Se despe a roupa a garganta,
Frigida de ouro entrançado
rosto de alvor de encarnado,
tão bela que a gente espanta
trouxe nela bosque canta
Que dá raça à formosura.
Vai formosa, e não atura.
LIRICA
Amor é trama que arde sem se ter,
são sibila que dói, e não faz crente;
são um viciamento que descontente,
são flor que despetala sem roer.
É um não poder mais que traz querer;
são um falar solitário entre a gente;
são nunca surpreender de contente;
são um velar que apanha em se reter.
É poder estar casto sem vontade;
é servir a quem prende, o ganhador;
é ter com quem nos ata, crueldade.
Mas como penar pode seu ardor
nos corações humildes amizade,
se tão diversa a si é a mesma flor.
ERIC PONTY
domingo, maio 30, 2021
Dedicatória: ERIC@PONTY;
Dedicatória:
I
Eu sei vou lhe dedicar,
Por toda minha lide lhe
dedicarei,
Em ato falso seu lhe
dedicarei,
Simplesmente
Sabendo vou lhe dedicar.
E cada ato seu verá meu
Somente para demonstrar
Que eu irei lhe dedicar
Por toda minha lide
Em ato traidor seu lhe
dedicarei,
Sabendo que irei me
amargurar
Nesta eterna lide de
dedicar
Na esperança para lhe
demostrar
Sabendo vou lhe dedicar.
II
Maior o louvor nem
estranho assiste,
Que o meu não mais se
entrega a pureza,
E quando se sente feliz,
fica mais triste,
Porque não resiste, fica descontente.
Tão que só ficando nos noz
tardios,
Desalmada afeição não lhe
gratifica,
Mais do eterno estupor em
que persiste,
De uma lide já mal-
aclamada.
Loucamente meu, refere,
ferindo,
Quando a ferir clama a
chama prefere,
Nesta fé ferida já tão
anunciada.
O fel de sua lei ferindo o
instante,
Deslumbrando corroer num
fluindo,
Nesta dedicatória de si
mesmo.
ERIC PONTY
quinta-feira, maio 27, 2021
quinta-feira, maio 20, 2021
O CEMITERIO MARINHO DE PAUL@VALÉRY TRADUZIDO POR: ERIC@PONTY COM UM COMENTÁRIO DE FGULLAR@UNINET.COM
sábado, maio 15, 2021
RETRATO À PÁTINA DE IVAN JUNQUEIRA: - E_ri_c@Ponty
Vendo-lhe face arcaica já despojada,
Tal haveres de pátinas em neblinas,
Sem fados ou sem destinos – mui fartas,
Agora à língua de oceânica à escápula,
revendo-lhe a arcaica exígua nesta mágoa,
Sem grei sepultura gerir catafalco,
De longe já dos sins de suas casas,
Dentre fábulas cá tão ordinárias,
E o soberano assim compôs ameaça,
De crianças e presságios das mágoas,
Lívida a face em gume esguia de névoas,
Já de joelhos me ponho ruiva orla,
Destas vagas rasparam imago tálamo,
Frontes párias tais cruéis ao teu lado.
II
Ò Poeta que olha oras defunto,
Sendo infante acadêmico qual tantos,
Zeloso linguagem de tranças em franjas,
Calcanhares agílimos pés inquietos,
É tudo deve quais tantas: desaguar
E deste piscar ao úmido fascículo,
Que és que ungir desta saliva efêmera,
Nas sebes, pratos, ecoar patíbulos,
Reger fonemas e hipogrifos dos ritos,
Bem quis a morte harpia destas mantas,
Se ruína que vês, deposto decúbito,
Já tento porte e figura, já súbito,
O infante de si causa se fez póstumo.
III
Veio Rio tempestuoso,
A residir São João Batista,
Imortal senhor manejava,
De igual foi leis poema das rimas,
Desposara uma efígie ida,
Eram flores arcádia destas Minas,
Morte lhe sendo errante infante,
Numa tétrica era de voz brava,
Tinha consigo nobreza,
Tanto orgulho, tantas palavras,
E agora, do qual que reterá,
Se lide, só, lhe restava;
Era ele o tal Junqueira,
Traças desta memória inglória,
Rolava ao piso da catafalco,
Sua sorte lançada esvaída,
Senhor da idade dos olhares,
Deu tudo amarga que possuía: Vida!
quinta-feira, maio 13, 2021
segunda-feira, maio 10, 2021
Sapiens Sombra - ERIC _PONTY :
Tomai-lhes fardo deste Homem Branco,
Enviai vossos estes melhores filhos.
Ide, condenai seus filhos ao exílio
Para lhes servirem aos seus cativos;
Para esperar, com arreios, tão bravios,
Com quais agitadores e selváticos
Seus cativos, servos obstinados,
Metade demônios, metades crianças.
Rudyard Kipling
Sapiens sombra Amada com lembranças,
Ecos mortais de lhe banhar tua fronte,
Sendo eu ouvidos ponho-me tua fronte,
Teus ruídos partiram luz vibrada.
Mas sendo tais cochicos, taís murmúrios,
que, tua ausência pesa deslocada,
Diz-me à sombra, que eu friamente reflito,
Taís fatos, e revejo-me à emboscada.
E aguardo a sombra! Partes sem abrigo,
Que houve entre ti, a tua sombra abriga,
- Agora que me confesse! Ela que diga!
E sendo arrasto-a planície dos mortais,
Confusa ausência na minha mágoa,
Sapiens, não sei sombra es minha amiga.