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quarta-feira, maio 30, 2018

Canção de uma baleia-azul - Eric Ponty


A Canção de uma baleia-azul faz surgir terras,
As plantas, os animais e um menino na ilha,
Da harmonia do canto e da dança, a vida pulsa
Em todos os lugares foi transformando.

Solidão em liberdade e alegria viver,
As plantas, os animais e um menino na ilha,
Da harmonia do canto e da dança, a vida pulsa,
Em todos os lugares foi transformando.

A Canção de uma baleia-azul faz surgir terras,
Da harmonia do canto e da dança, a vida pulsa,
Em todos os lugares foi transformando.

As plantas, os animais e um menino na ilha,
Da harmonia do canto e da dança, a vida pulsa,
A Canção de uma baleia-azul faz surgir terras.
Eric Ponty

Dionysios Solomos - TRAD. ERIC PONTY

(8 de abril de 1798 - 9 de fevereiro de 1857) era de Zakynthos. É o mais conhecido para escrever o hino à liberdade Grega de que as primeiras duas estrofes, ajustadas à música por Nikolaos Mantzaros, transformaram-se o hino nacional grego em 1865. Era a figura central da escola Heptanese da poesia, e é considerado o poeta nacional Da Grécia - não só porque escreveu o hino nacional, mas também porque contribuiu para a preservação da tradição poética anterior e destacou sua utilidade à Literatura Moderna.


Nascido em Zakynthos em 1798, Dionysios Solomos era o filho ilegítimo de um conde rico, Nikolaos Solomos, e sua governanta, Angeliki Nikli. Nikolaos Solomos era de origem cretense; sua família eram refugiados cretenses que se situaram em Zakynthos em 1670 depois da conquista de Creta pelo Império Otomano em 1669.

 Solomos foi para a Itália e foi inicialmente matriculado no Liceu de Santa Catarina em Veneza, mas ele teve dificuldades de adaptação devido à disciplina rigorosa da escola. Por esse motivo, Rossi, seu tutor, levou Solomos com ele para Cremona, onde terminou seus estudos de liceu em 1815. Em novembro de 1815, Solomos foi matriculado na Faculdade de Direito da Universidade de Pavia, da qual se formou em 1817. Dado ao Interesse de que o jovem poeta mostrou na literatura italiana florescente e sendo um orador perfeito de italiano, ele começou a escrever poemas em italiano.

 Depois de 10 anos de estudos Solomos retornou a Zakynthos em 1818 com um profundo conhecimento de literatura. Em Zakynthos, que na época era bem conhecido por sua florescente cultura literária, o poeta se familiarizou com pessoas interessadas na literatura. Antonios Matesis (o autor de Vasilikos), Georgios Tertsetis, Dionysios Tagiapieras (um médico e defensor do dimotiki, e também um amigo de Ioannis Vilaras) e Nikolaos Lountzis foram alguns dos amigos mais conhecidos de Solomos. Costumavam reunir-se nas casas uns dos outros e diverte-se inventando poemas. Eles frequentemente satirizavam um médico de Zakynthian, Roidis (poemas satíricos de Solomos que consultam ao doutor são o conselho dos doutores, o dia de ano novo). Eles também gostavam de inventar poemas sobre uma assentada rima e tópico. Seus poemas italianos arranjados durante esse período de tempo foram publicados em 1822, sob o título Rime Improvvisate.

O importante ponto de virada nas obras gregas de Solomos foi o Hino à Liberdade, sendo concluído em maio de 1823 - um poema inspirado pela revolução grega de 1821. O poema foi publicado pela primeira vez em 1824 no Mesolongi ocupado e depois em Paris em 1825 traduzido em Francês e mais tarde em outras línguas também. Isso resultou na proliferação da fama do poeta fora das fronteiras gregas. Graças a este poema, Solomos foi reverenciado até a sua morte, já que o resto do seu trabalho só era conhecido por seu pequeno círculo de admiradores e seus "alunos". O Hino à Liberdade inaugurou uma nova fase na obra literária do poeta: é o momento em que o poeta finalmente conseguiu dominar a linguagem e está experimentando formas mais complexas, abrindo novos tipos de inspiração e deixando facilmente de lado a improvisação.

Depois de 1847, Solomos começou a escrever em italiano mais uma vez. A maioria das obras deste período são poemas semi-acabados e rascunhos de prosa que talvez o poeta ficava planejando traduzir para o grego. Problemas de saúde sérios surgiram em 1851 e o caráter de Solomos tornou-se ainda mais emotivo. Ele se alienou do amigo e depois de seu terceiro golpe o poeta não saiu de sua casa. Solomos morreu em fevereiro de 1857 de apoplexia. Sua fama tinha atingido tais alturas assim quando a notícia sobre sua morte se tornou conhecida, todos lamentaram. O teatro de Corfu fechou-se, as sessões do Parlamento Ioniano foram suspensas e o luto foi declarado. Seus restos foram transferidos para Zakynthos em 1865.

A UMA MENINA QUE VIVE EM UM MONASTÉRIO

Linda moça do mosteiro aqui estou e te observar
Cheguei no portão para vê-la que eu canto
Do meu cerne o verso sai do mais doce
Que à parede consinta que ela achegue, não sinta zelos
E se tu fores sair, aborde perto que eu te beijarei,
O beijo irá diminuir o meu ardor
Ó Linda garota do mosteiro, chegue aqui e pensei,

Que não vou deixar sua castidade, ó garota inocente, ir lixeira. 

MARGARIDA 


Se cativar por mim, ô, Margarida, minha doce, minha esperança dourada
Como eu me cativei por ti no momento em que te vi
Seus olhares caíram sobre a grama verde
E à tristeza adornou-os com duas pérolas
Sua mãe como ti notaste, ó, Margarida,
Que deixaste neste mundo com um pequeno órfão! 
Ah, sim, meu amor, tenha cuidado com a insanidade do mundo
Com esperteza das palavras com meninas doces por sequestrar.
Ó, onde só vais minha pomba casta,
Mui ardis esperam por ti, Margarida, ô, emane comigo. 

A MENINA LOURA JOVEM 


Eu vi a jovem loira
Vi ontem à noite
Quando ela deixar-se levar em um navio
Saindo para uma terra forasteira.
Vento ateava
Às velas alvas
Como uma pomba
Que lavram suas asas 

Amigos estavam de pé
Alguns na alegria alguns estavam tristes
Enquanto ela disse adeus
Acenando seu lenço 
E eu também
À assistir seu adeus
Até a distância
Tornou tão estranho
De vez em quando eu não poderia dizer
Se eu vi
Á vela alva
Ou a espuma da onda 
E desde que a vela e o lenço
Desapareceram na água,
Todos os meus amigos ficaram com lágrimas
E eu também fiquei!

A UM AMIGO EM SUA CAMA DE MORTE

Chegou o tempo de te deixar
Daqui, o Hades que eu vejo
Eu queria te beijar
Eu desejo, mas não posso 
Só eu digo tchau
Desde que eu não vou te ver de novo
Eu quero abraçá-lo
Mas o meu braço está morto 
Pegue, sinta-me sendo frio,
Pegue, sinta-me sendo está fraco,
Eu a deixo ir toda à minha perspectiva
O Hades eu almejo por
Chegaste a hora de te deixar
Aqui está a face de Hades
Para te beijar, eu não posso
Este meu derradeiro suspiro é 

O CEMITÉRIO 

Ô Mãe, eu tenho medo
Dos Mortos possam desperta-lo
Silêncio, meu filho, os mortos
Seguram firmes em suas lápides!
Dionysios Solomos
TRAD. ERIC PONTY

GRANDE POETA GREGO DO SÈC. XX - YIANNIS RITSOS - TRAD. ERIC PONTY


Punição

Momentos – momentos
incontáveis domados 
Pelo sol de inúmeros
Então nós lhes contamos
Com à palma de uma seca de folhas de videira
Assegurámos o verão

Memória

Pai chegou em casa perto da noite ele não disse boa noite
Mãe estava preocupada com seus filhos que ela não estava prestando atenção
As crianças gostaram do seu cuidado não prestarem à atenção que ele não
Dizer boa noite
Tinha suas mãos unidas deponho atrás dele
conversaram com a chuva nos campos de colheita
Detrás da cabina do lenhador ele tinha uma espingarda de duplo cano
Em seu ombro
Ele estava perto da janela só
E quando um forte relâmpago aceso o vidro

Eu vi a cruz da janela de incisão na sua testa
Talvez tenhamos aprendido de que esta noite de separação
Talvez à mesma cruz é uma incisão desde então
Na parede do nosso silêncio aceso

Um convite

Venha as luminosas praias - ele murmurou para si –
Aqui onde as cores celebram - aspecto –
Aqui onde a família real nunca passou
com os seus carros e jornais emissários fechado
- não é bom se ver você - ele diria –
eu sou o desertores da noite
eu sou o ladrão da escuridão
eu tenho enchido minha camisa e meu bolso com o Sol
Vindo - ele queimar ás minhas mãos e meu peito vêm deixe-me,
E eu tenho algo a lhe dizer que ainda não consiga ouvir.

Não interrogues

Ela poderia estar numa discoteca portanto
Paralelepípedos do passeio depois da chuva
Ou o som de uma cisterna entornar,

Ou sedoso respingo
desagregando batendo numa rosa, 
ou você possa decidir
se a obscuridade das trevas verter lágrimas dum rouxinol ...

Eu olhei em frente e reparei como ela dormia
com o seu joelho enfiado até onde
sabia o que eu sentia não era amor, embora, de certa forma,

Na ocasião, tudo o que há e o que foi era a ternura:
O cheiro da folha, a dobra do seu joelho, o dobre
Duma capa, que se trata de uma noite quente de primavera.

Olha, quem pode dizer o que significam estas coisas?
Eles fazem os padrões em nossas vidas e tudo o que sei.
Não é sabendo que ajuda, mas eu não podia dizer-lhes porquê.

Explicação imperiosa 

Há alguns versos inteiros às vezes poemas
Cujo significado ainda não sei. O que não sei
Auxiliar ainda. E você têm o direito de perguntar. Não me pergunte.
Não sei, digo-vos.                                    
Duas luzes paralelas do mesmo centro.
O som da água Queda no inverno do transbordando esgoto
Ou o som de uma gota que caiu
De uma rosa no jardim regado 
Muito lentamente sobre Inverno à noite 
À verter lágrimas de uma ave. Não sei. 
O que esse som significa; mesmo assim, não posso aceitá-lo.

Tudo o que eu sei que vou explicar para você. 
Não consigo ignorá-lo. 
Mas estas coisas como dedo da ponta do pé adicionam à nossa vida. 
Como ela estava dormindo. Eu assisti o seu joelho quadratura da folha 
Não foi só o amor. Esse ângulo foi o ponto culminante duma ternura, 
E o perfume da folha, da limpeza e da primavera finda 
Que é inexplicável coisa que eu procurava, mais uma vez em vão, explicar ti.

Regresso 
 
As estátuas foram às primárias a sair.
Logo após às árvores, as pessoas, os animais.
O local foi totalmente só. Uma brisa soprou.
Jornais e espinhosa silvas corriam pelas ruas.
À noite as luzes se acenderam por si.
O homem voltou sozinho, lançou um olhar ao redor,
Tomou a sua chave, enterrou-a na terra
Como se ele estivesse confiando-a para um lado subterrâneo
Ou como se estivesse plantando uma árvore.
Então, ele correu para alto da escadaria de mármore
E olhou a cidade abaixo.
Cautelosamente às estátuas voltaram, uma por uma.

Teatro antigo 
Quando por volta do meio-dia ele encontrou-se 
No centro do antigo teatro Ele um jovem Grego, 
Mais imprudentes, bonito como eles, no entanto 
Deixou a fora um grito (não de admiração; ele não se sentia 
À Admiração a todos: e se ele não sentir qualquer, 
Ele certamente não teria manifestado), 
Um simples grito 
Talvez com a indomável alegria de sua juventude,
Ou a experimentar o eco do lugar. Em frente, 
À grande montanha, o eco respondeu.
O Grego o eco que não imitar ou repete 
Mas continua, muito simplesmente, a uma altura mensurável
O eterno grito do ditirambo.    

Ressurreição

Ele olha do mesmo modo observa discernido 
Pelo meio duma distância que não tem significado a todos os 
que na tolerância que não os humilham mais 
às bolas de naftalina no saco de papel 
o secar folhas de videira no balde com vazamento 
a bicicleta na calçada oposta 
repentinamente 
ele ouve o bater detrás da parede 
que mesmo um código totalmente só 
é uma batida mais profunda, 
ele se sente como um inocente que se esqueceu dos mortos 
À noite, ele não vai 
Usar tampões mais - ele vai deixá-las na 
Gaveta junto com sua empoeirada medalha o seu último sucesso 
que o máscara mais
Só que ele não conhece esse é o último.
Atenas 27-3-71
TRAD. ERIC PONTY

segunda-feira, maio 28, 2018

O SEGUNDO ADVENTO DE ZEUS - MANOLIS ALIGIZAKIS - MUSA EDITORA - 2018 - PORTUGUÊS/GREGO - TRAD. ERIC PONTY - EM BREVE

Manolis (Emmanuel Aligizakis) é Poeta grego-canadense e autor. Manolis é o mais prolífico escritor-poeta da diáspora grega. Aos onze anos, ele trasladou o poema romântico de quase 500 anos Erotokritos, agora lançado em uma edição limitada de 100 cópias numeradas e disponibilizado para colecionadores de livros raros a 5 mil dólares canadenses: o livro mais caro de seu tipo até hoje no Canadá.

Manolis (Emmanuel Aligizakis) foi recentemente nomeado instrutor honorário e companheiro da Academia Internacional de Artes, e Premiado com um mestrado para as Artes em Literatura. Ele é reconhecido por sua capacidade de transmitir imagens e pensamentos de uma maneira rica e evocativa que evoca algo profundo dentro do leitor.
 Nasceu na aldeia de Kolibari, na ilha de Creta, em 1947, mudou-se com a sua família a uma idade jovem para Salónica e depois para Atenas, onde recebeu o seu bacharelado em Ciências Políticas pela Universidade Panteion de Atenas.

Após à graduação, serviu nas Forças Armadas Gregas por dois anos e emigrou para Vancouver em 1973 (Canadá), onde trabalhou como trabalhador nas Minas de Ferro, treinador ferroviário, motorista de táxi e corretor de ações e estudou Literatura Inglesa na Universidade Simon Fraser. Ele escreveu três romances e inúmeras coletâneas de poesia, que estão sendo constantemente lançadas como obras publicadas.

Seus artigos, poemas e contos em grego e inglês apareceram em várias revistas e jornais no Canadá, Estados Unidos, Suécia, Hungria, Eslováquia, Romênia, Austrália, Jordânia, Sérvia e Grécia. Sua poesia foi traduzida ao espanhol, romeno, sueco, alemão, húngaro, francês, árabe, turco, sérvio, russo e foi publicada em forma de livro ou em revistas em vários países. No Brasil fui eu quem o descobriu.

Balada à Gorda Lily Braun-


Á Èson

Minha delicada Irmã,
Pensa no alvorecer
Em que embraveçamos, num passeio,
Adorar a valer, amar e fenecer
No país que é a tua ideia!
Os sóis róscidos.
C. BAUDELAIRE

Os pardais vis cantam na oito de dezembro,
Seu canto oco galhofeiros marinheiros,
À Carne é triste eu li todos livros arteiros,
A Balada dos enforcados quanto é taciturna.

Ô Santa Maria tende dó enforcados nó,
Levai às almas ao Santíssimo Sacramento,
Diabo avisou cuidar desvelo corpo,
À Arara no poleiro faz sábia pensar.

Do espetáculo da vida se leva Lily,
À Honra vale mais que cem mim réis,
Ou Honra vale mais que houve há um Poeta.

Só vista da vida objeta questão afinal,
Levai às Almas ao Santíssimo Sacramento,
Ó Carne é triste eu li todo Ó livros corréus.


A ESCRITORA ALEMÂ LILY BRAUN

sexta-feira, maio 25, 2018

A CANÇÃO AO TIMOR LESTE - ERIC PONTY

    “Caro Eric:
  Por isso vos pedimos que faleis aos vossos amigos na nossa luta e no sofrimento
de nosso povo, que utilizeis a vossa palavra, os vossos poemas, a vossa escrita.”
Eduardo Massa/ Timorense udttimor@unitel-1.Unitel.net(U.D.T.)


1
Lá longe vejo bem arredio daqui,
parecem ser sombras tardas gaivotas,
sobrevoando azul desta imensidão,
algaravias em asas negras destes corvos.
Ainda bem remotos que lá além vejo.
Se dádiva emanada desta nau abrolhar
qual brumas havidas que deste retrato
ou
reluz do cavaleiro deste escudo
trazendo-lhe consigo o oculto destas marcas.
Ai de mim! Ai de mim! Ai de mim!! Ai de mim!

2
No instante a pradaria se encobriu o álgido
com longas cadeias sépia marca aldeias
com súplicas passantes dos consumidos,
recitam louca Ave Maria. Calando
Em uma ode natureza humana depara
tendo de si a ríspida hoste de alaridos
ficarem solitários. Das algaravias
com cá algum dia já foram prisioneiros.

Findando hoje outrora; nunca laureados,
em campos repousados dos mortos diários;
das pradarias difusas declives clivos,
com nosso tenro obscuro infausto breu.

3
Túrgida é a voz clamar
perfaz gemida desta tarde
exilada atinge o azul
mistura-se corrente azul
dos que navegam solitários.

Túrgida é a voz submersa
prisioneira dentro da torre
naufraga contra o silêncio.

4
Quando se tem do dolo na capitania
Porque lhe seja afeito ao afoito
Querer aquinhoar certos dos prazeres
Esta época de usura e de tratados...

Quando se tem do dolo na capitania
Porque lhe seja afeito ao afoito
Querer repartir certos destes gestos
Estes foram subtraídos por mesquinhos...

Quando se tem do dolo na capitania
Porque lhe seja afeito ao afoito
Sonegado no país da menos valia
pesando o valor que e se repensa...

Quando tem deste dolo à capitania
porque lhe seja afeito ao afoito
almejar-lhe ser Judas ou Pilatos
pedir-lhe de desculpas é um erro
É em certa forma de ser julgado.

5

Longe avisto dobrar dos anos defuntos,
Nas varandas do céu em trajes surrados,
fundo emerso contente desta lembrança
deste tempo estranho forma finita,
construindo-se lugar tridimensional.

Longe observo dobrar sinos nus,
filas aglomeram das ruas esperança,
vejo pessoas, trajes surrados frígidos,
destes olhos cristãos desta redenção,
seja definitiva emergente ode.

Passo padre à paisana destes conflitos,
recitar Agnus Dei sem da orficidade,
olhando própria alma sendo-lhe sôfrega,
Em varandas ao céu, em trajes surrados,
emergindo-se fundo alegre lembrança.

6

Eis vem lá do alongado prado daqui,
trazendo-lhe consigo velhas canções,
Não sei destes lhes falam, como lhe falam,
Mui algaravias narram desta tarde.

Ai de mim que me era deste tão puro!
Ai de mim que me era de tão alegre!
Ai de mim que só sei deste que não há,
Sendo coisas de mim estas coisas mim...
Eis vêm lá do alongado prado daqui,
trazendo-lhe consigo destes bastiões,
desta tarde abre-se deste demorar.

7

É prado a quem vive nada creu na vida.
É o pranto colossal, intérmino viajante.
insta-nos, nos colige, e nos contrasta
Nas velas desfraldar nos cinéreos portos.

É prado de quem vive nada creu na vida.
É o pranto colossal, infindo viajador;
Em pradarias locais clivos passeiam das naus,
ouvindo-se ais locais das terras ermas.

E velho carcomido soberbo viajante,
rebelde espírito relapso com tudo,
ressurge e brade e blasfeme da exaltação,
Partindo destas outras terras distantes.

8

Oceano, o mar sempre começando!
Ó recompensa após desbravamento!

Sereno admirar seja-lhe de Deus.
Sim! Amplo mar delírios doirados,
fera mantilha poro à tarde
quilíades ídolos sol por ti cruzam
seguindo o designo dos destinos.

Hidra integral, liberta esta cauda.
enviando cintilante manto difuso,
coroada onda viva se arrebatou cais,
Em submersa memória lânguida efígie.

Ó galardão após era arroteado!
Ó arielesca brisa, seio de prata!

9

Este sol, meu irmão, é da tarde.
esculpido de nossa resistência.
Indomável medusa deste mar
cobrindo a sua mantilha noturna.

O Sol é qual uma pedra grito horizonte!

10

Estou a minutar do fim do mundo. Tem de sabê-lo. É habitual as árvores estremecerem.
Adquirem folhas caídas troncos rijos por ficar a muito tempo, quiçá anterior, ou antes, do sucedido. Tantas nervuras não se conseguem imaginar. Mas quê? Não tem nada a ver a árvore, e, por isto nós dispersamos contrariados dentro das nossas consciências de festins.
A vida não poderia continuar sem vento? Tudo tem de estremecer um dia? Enquanto existir um timorense nas montanhas ou em qualquer parte do mundo, haverá alma reconheça-se fazendo lugar na sombra dos galhos.
Deste país foi nosso; não é de ninguém, você me pede, após tantos anos de silêncio. Neste país não se dá boa educação, e dá arrepios. Ignoramos às apropriadas regras, e quando de fato ocorre somos pegos. Nada vemos. O que?  Se importar observar.
Nada.
No entanto nos vibramos às folhas das árvores. Tantas nervuras não se conseguem imaginar. Mas quê? Estou a minutar do fim do mundo. Tem que sabê-lo. É comum as árvores comoverem-se.

11

Oiô- iê! Oliô-iô-iê!
Alguém se deparou já desta nau
deste rubro veleiro, negro mastro?
O capitão, homem deste infante,
sem descansar atento o convés.
Ui!- uiva o vento- Oiê!

Ui!- canta nestes cabos- Oiê!
Ui!- voa flecha, vibrante,
voa, e não navega mais!

O ruído do remete idas períodos!
Infante deparar-se pode um dia,
achar do arquipélago salvador!

Permita Deus encontre esta terra
destes os nautas partem reclusos,
do soberbo viajor carcomido,
do rebelde espírito relapso tudo,
surja, clame, blasfeme à fúria,
partindo outras terras distantes.
em velas desfraldar cinéreos portos.

Ui ! uiva o vento Oiê!
Ui! canta nos cabos Oiê!
Ui! voa qual flecha,
da alma imóvel está às boas horas!

12

Pai, a noite veio na alma é tão vil,
Tanta foi à tormenta e o degredo,
Resta hoje murmúrio tão hostil,
Do mar universal com suas naus.

Ó mar salgado sempre começado,
Após tanto lamento finda lágrimas
Cruzarmos quantas almas consentidas,
Quantos órfãos bradaram breu da escuma,
Das ninfas consumiram brancas tardes
Quanto aí se temperou mar universal.

Valeu da dor? Mas há vencedores
Abandonarmos prados destes clivos
Com lamentos, banidos presságios
Fosse do nosso mar universal.

Surge ao sol em mim que desta nau
Do pendão de que é nossa língua;
Cumpriu-se Mar, o Império corroeu.
Pai ainda falta assentar-se o Portugal!

13

Os nobres e os nautas distintos
Desta Ocidental praia lusitana,
Mui além dos foram de aldeias,
Cunharam-se das glosas memórias
Daqueles se sonharam do Império,
De África e de Ásia devastando.

Somos, um dos das Ilhas vão tornando
Forasteiro da terra lugar algum
Ser tão próprios daqueles criou-nos.

Esta pequena ilha habitamos
É toda esta terra, certo império
De todos os marouços navegamos
Partem da mesma alma e exílio.

14

O homem não fenece vegetal,
Destes braços inertes destes galhos,
Põem-se a ramificar fatalidade:

Mal se assenta já lhe trafegando.
Por isto lhe tramam caixote pinho,
Vegetal está prestes a abrolhar,
Temem se ramifique com a sorte,
Destes galhos poderiam o indivíduo.

Os sonhos poder-se-ia propagar?

Gestos? Homem está a morrer tão só,
Trancafiaram a língua alcunha geo.
Exportaram dos sonhos caravelas,
Alheios mundos curtidos dos coqueiros,
Palmeiras ventilantes mais uma nau,
Do mundo se fazendo permanente,
Não mundo que está a acontecer, roído...

15
Dedico estes mártires apócrifos
Recusaram-se ao próprio do destino,
A dizer-nos na em face de sua nau,
Dormidos sem trajes ou do lençol
Polpa terra escondida desta rubra.

Dedico a estes mártires apócrifos
Silêncios tais e angústias corroídas,
Destas almas em ícones cruzados
Navegaram lhe próprio adentro exílio,
Se fizer cruzadores desatinos.

Dedico a estes mártires apócrifos
Padecidos aos gritos timorenses
Dizer-nos luso fado deste fardo,
Auroras se esvaem de dentro negro.

Dedico a estes mártires apócrifos
Dos duzentos mil ossos cobrir solo,
Estas sombras errantes eram túrgidas
Dos se perguntarem nau do infante.
ERIC PONTY

quinta-feira, maio 24, 2018

ANTOLOGIA HOMENAGENS

MEU PAI FOI PORTUGAL - AGOSTINHO DA SILVA
QUE AMOR É ESSE QUE, DESPERTO, DORME
IVAN JUNQUEIRA
I - MOVIMENTO - DENISE EMMER
QUE SABEM OS DEUSES DESSE AMOR TERRENO
IVAN JUNQUEIRA
II - MOVIMENTO - DENISE EMMER
RAIZ DO ORVALHO - MIA COUTO
O SOL DE PERMAMBUCO
JOÃO CABRAL DE MELO NETO

segunda-feira, maio 21, 2018

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE POESIA MÚSICA, ARTES PLÁSTICAS - JOÂO DA PENHA


POR QUE se há escolhido a poesia de Eric Ponty com um propósito demonstrar-nos à particular da Poesia em nossa época? POR QUE não Drummond ou Manuel Bandeira, por que não Gonzaga (o Poeta Inconfidente) ou Gullar, por que não Shakespeare ou Camões, cujos últimos não podemos deixar de citar dois sonetos? 

XIII

Se fores tu e tu eu! Porém, aí, amor,
Só tu serás teu contudo convivas;
Despontes a abandonar esta ilusão.
Chegas noutro tuas atrações finas.

Assim conseguirás que não se finde,
Está na beleza detenhas, posto
Que quando o doce rebento te traslade
Serás de novo tu, ao faças mortal.

Tão digna residência não carece,
Que um mal tutor a deixando deixada,
A expensas de inverno e suas correntes.

E do frio eterno morte traz vácuo.
Não esbanjas, pois, amor, meu ao dar-lhe
Ao teu filho o que tu tiveste: um pai.

Shakespeare
 Amor é fogo que arde sem se ver.

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

 É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

 É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

 Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor

Camões


Pode ser. Contudo, só é escolhido àquele que se matem a meta. Porém é possível deduzir da obra dum único poeta, a interior em geral da poesia? O que é em geral, é dizer, o que vale para muitos, só podemos alcançá-lo por meio duma meditação comparativa.



A isto é imperativo um esclarecimento de um maior número possível da variedade de poesias e de géneros poéticos. A poesia de Eric Ponty é só uma dentre muitas. De nenhuma maneira suficiente nela só como um único modelo para a consignação da profundeza da poesia contemporânea. Por isso nosso propósito já está fracassado desde o princípio, se entendemos por «interior da poesia» o que se contradiz no opinião geral e que vale além disso para toda poesia. Porém este universal que vale além disso para todo particular é sempre apático, daquele «cerne» que nunca pode ser capital.



Agora entretanto, buscamos precisamente o capital da essência que nos força a resolver-se se nela o correto para tomarmos sério a poesia e como ela se concebe; se juntos obtivermos os supostos a mantende-nos no domínio da Poesia e como ela se dá.


Só que poetizar sobre o poeta não é o sinal dum princípio de narcisismo atrapalhado e a vez desta confissão duma carência de plenitude do mundo? Poetizar sobre o poeta não é nenhum abuso desconcertante, algo duradouro, um extremo?

Eric Ponty não se foi escolhido porque sua obra, como dentre outras, realize o eficaz geral da poesia, senão porque unicamente porque está encarregada com a consignação poética de poetizar a própria profundeza da poesia. Éric Ponty é a nós neste sentido admirável Poeta de Poetas. Por isto está neste ponto crucial como nos atesta em:

Á LÌVIA

De celeste, quietamente ressoantes
Tomamos tal calma que se simula tão plena
De areia está ancestral de nós mesmos,
Sala habitada do destino;
Entorno das verdes campos arejadas
À nuvem nos advém da jovialidade
E brilhando tão distantes,
Globais de maduríssimos lembranças
Cálices coroados doiro,
Harmonicamente ordenados, sendo admirável fila,
Ao dali alado aqui e ali ascendendo sobre
O chão alacado, ficam às mesas imóveis.
Pois vindo tão distante quanto o azul do céu
Até aqui, agora no final desta tarde,
Se há trazido achegos hospedeiros.

Segundo o linguista Noam Chomsky «Tomemos nossa própria história, a história da conquista do hemisfério ocidental (…) Os trabalhos antropológicos atuais indicam que o número de nativos no hemisfério ocidental pode ter sido acerca de 100 milhões (…) Tomemos só, por exemplo o norte de Rio Grande onde habitavam uns 10 o 12 milhões de índios americanos (…) Muitos deles foram inteiramente erradicados ou vieram a ser exterminados, outros sucumbiram a enfermidade trazidas pelos europeus. Sendo um genocídio massivo (…) », fazendo dos Estados Unidos um caso à parte.

Falemos contudo agora de alguma coisa de música talvez jazz. Nas análises verbais duma partitura musical poderá, até certo ponto, dilucidar sua estrutura formal, seus elementos técnicos e sua instrumentação. Porém ali onde não é o reino da musicologia no sentido estrito, ali onde não agrava a uma «metalinguagem» passa a ser um parasita da música —«chave», «tom», «síncope»—, falar da música, oral o escrita, é um compromisso muito ambíguo como nos advém Adorno em sua Moda em Tempo de Jazz, talvez um ensaio superado por gênios formado nos clássicos, mas voltados ao jazz como nos comprova nesta composição: RITUAL de Keith Jarrett, compositor afro descendente e interpretado pelo pianista e maestro Dennis Russell Davies de descendência caucasiana.


Uma narração, uma crítica duma execução musical se empata menos do mundo sonoro real que do executante o da recepção por este público. É um recorte feito por analogia. Apenas podemos dizer nada que pertença à sustância desta composição. Uns quantos destemidos, Boecio, Rousseau, Nietzsche, Proust e Adorno entre eles, hão tratado de traduzir em palavras o tema da música e seus significados. Ocasionalmente hão deparado «contrapontos» metafóricos, modos de sugerir, simulacros de grosso efeito evocador sem dúvida, há nestes casos em que esses virtuosismos semióticos possuem mais sedução, «escapam desta questão» no sentido estrito da expressão. Válido apesar disso e, não passam de derivações.

E nisto convocando a supor que o que é inesgotavelmente significativo podendo também carecer de sentido mais explícito. Significado da harmonia está exatamente quando está sendo adimplida em sua desempenho e sua audição (há quem «escuta» uma composição quando se põe ler no silêncio sua “partitura” (o Texto), contudo, estes são pessoas quais privilegiados, uns dois ou quatro) tal como nesta tradução esmerada e primordial de Ponty:

Há uma passante
A rua ensurdecedora uivava ao redor de mim.
Magra, delgada, luto rigor, com dor majestosa,
Uma mulher passou, fazer com sua mão fastuosa

Se alçaram, oscilaram dobrado festão Amim;

Tão Ágil e nobre, perna alva de estátua.
Eu, crispado excêntrico qual, bebia chão
Sua olhar, céu pálido onde brota a furação,
À doçura que fascina e o prazer que mata.

Um raio… aceita, à noite!  Fugaz graça ao fundo,
Cujo olhar me há feito de pronto renascer,
Não volverei já a verte até a além-mundo?

Outra parte, mui longe de aqui! Mui tarde! Jamais!
Pois ignoro aonde vai, e não sabes onde vou,
Ah Tu, a quem eu tivera amado, Ah tu, sabias!

Porém que é o quem está ganhando, interiorizando, ao que se está respondendo? Que é o que nos põe em todos estes movimentos? Aqui chegamos a uma dualidade de «sentido» e de «significado» que a epistemologia, a hermenêutica filosófica e às investigações psicológicas terão sido quase inábeis de dilucidar.


Qualquer que seja à solução, à pergunta sobre origem de obra de arte se converte em pergunta sobre a essência da arte. Porém como nós devemos deixar aberta a questão de se a arte é como é geral, tratemos de reencontrar a sua essência da arte onde à arte indubitavelmente impera em sua realidade. Arte está em si na prória obra de arte, pois ela processe a própria existência. É intransferível às gerações duma formação cultural como bem prova esta bela composição de Duparc  L'Invitation au Voyage:



Minha delicada Irmã,
Pensa no alvorecer
Em que embraveçamos, num passeio,
Adorar a valer, amar e fenecer
No país que é a tua ideia!
Os sóis róscidos.

Desses céus nubilosos
A mim conservam a graça
Místico e atroz
Dessa visão infiel
Cintilando através do lamento.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e languidez.

Os movediços afáveis,
Pelas estações idas,
Enfeitariam o clima;
As mais raras fina flores
Embaralhando odores
A um âmbar líquido e ambiente,

Lares inauditos, Cristais infindos,
Toda uma pompa leste,
Tudo aí à alma
Pensaria em tranquilidade
Sua doce língua natal.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e languidez.

Viaja sobre os caminhos
Adormecer junto às docas
Barquinhos de caráter vagabundo;
É para receber
Teu menor deleite
Que eles vêm do fim do orbe.

- Os sanguíneos ocidentes
Regam as vertentes,
Os canis, toda a urbe,
E em seu douro os tece;
O mundo entorpece
Na tépida luz que o envolve.

Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e languidez.

Á tanto, devemos completar o curso deste círculo. Não é este um expediente ou uma deficiência. Os mais firmes sabem andar por esse caminho, e ficar nele sendo uma festa do pensamento, supõem de que o pensamento seja um oficio. Não só é um círculo ao passo principal da obra de arte, e o deste que exista obra, senão cada passo aprisionado que tentamos circundar neste círculo não passa dum Mito de Sísifo de Camus, ou seja, o estado cíclico da história.




Ao se encontrar à essência da arte que realmente está na obra, busquemos então na própria obra real e nos interrogaremos que é como sendo um imago do real.



As obras de arte são conhecidas por todo mundo. As obras de arquitetura e escultura se encontram nas praças públicas, ou nas igrejas e nas casas. Nessas coleções e exposições se depositam obras de arte das mais diferentes épocas e povos.

Se percebemos em sua intacta realidade, sem prejudicar, se demostrando que às obras são tão naturalmente existentes como todas coisas existentes. Um quadro exposto na parede é como um fúsil de caça ou guarda-chuva.

Uma pintura, por exemplo, de Oscar Arararipe que em seu quadro “Inocente a fumaça da Maria fumaça.” que representa uma locomotiva de conduzia de campesinos, afro decentes até o Imperador Dom Pedro II e seus decentes, e, serviu a transportar “indesejados” trazendo-nos uma vaga exposição de outra transfiguração da realidade.


Porém quiçá nos chocasse esta maneira tão tosca e superficial de percebermos o que seja à obra. Tal representação da obra pode há ter-lhe conservada ou cunhada do museu. Devemos, pois, tomar a obra de arte como daqueles que a experimentam e dela usufruem. A madeira na obra talhada. O colorido está no quadro como em Oscar Arararipe. À voz na obra falada ou escrita. O som permanece a música. O cozimento está tão para mutação na obra de arte que deveríamos dizer o seu contrário: Uma vez que à arquitetura está na pedra está intransponível. A pedra está para arquitetura como São Pedro para Vaticano. Como nos adverte Sartre: A existência precede a essência. Uma coisa inertemente o outro. Isto não se ressoa na arte.

Nestas obras destes Poetas se hão realizado a interior da poesia tão ricamente ou algo mais que à criação que Eric Ponty, tão talento prematuro foi brusco interrompido por outras vertentes, que se demonstraram numa falácia mineira como nos comprova o nascimento do novo milênio. ERIC PONTY nós lançando num novo dilema.



João da Penha, jornalista e professor aposentado, colaborou em publicações culturais como Encontros com a Civilização Brasileira, Cult e Tempo Brasileiro. Autor, dentre outros livros, de O que é existencialismo (Brasiliense, 2011, 17. ed.) e Períodos Filosóficos (Ática 2000, 4. ed.), traduziu para revistas e jornais poemas dos russos Sierguêi Iessiênin e Alieksandr Blok, e contos de José Maria Argüedas, Júlio Cortázar e Gabriel García Márquez, publicados em Os primeiros contos de dez mestres da narrativa latino-americana (Paz e Terra, 1978). Como ler Wittgenstein. São Paulo: Paulus, 2013.