AOS FILHOS DO SACRIFÍCIO – ISAAC
Uma vez que não é permitido neste país livre,
Que, no entanto, foi a França e ainda pretende sê-lo,
Falar livremente de um homem livre e senhor
De si mesmo, de um cidadão, de um artista, - obedeça,
Então, ao monstro analfabeto e hediondo, spahi,
Que, no entanto, com suas retrocessões, te fez renascer
E, apesar de ti, fez nascer da sua boca costurada
Por três dedos de raki, campos de mortos espantados.
Uma vez que ele não sobreviveu a essa honra perdida
E, além disso, que sobrevivência poderia ser
Para aquela que permanece França, mas Aparência,
Quando Pátria rima com Morte, diga-lhe bem que invadida.
Seus restos mortais podem repousar na Ática,
nas antigas Cíclades ou na África,
o que nos importa a fé, se é que ela é imperativa?
(Neste século pouco crítico, não há ateu
Que realmente queira converter-se a Yahvé),
Pois por ela também se fenece, quais bezerros.
É sem dúvida afável entre a sombra e a poltrona
Nas profundas estações silenciosas
Falar de arte e literatura. Preciosa
É sem dúvida também a ridícula ociosa
Ó verde donzela, e estudiosa
Crítica nas suas horas para um Monsieur Crevel
Legionário burguês doutor em biologia
Versículos das ciências criador, Bette:
Que se ofereças protegida pela vela.
Na lua branca que mata as Musas
Ridícula musa tão sensual
Bela para quem toda a Filosofia
Dorme em manuais falsa esteta doutora
Ó deusa, Popote filha do tédio
Zombada pelos senhores feios dos ministérios
Os sábios reprodutores de resoluções
Matemáticos sem matemática
E a hidra feia do comércio Biroteau,
Eu mesmo desisti de fazer para vocês
Uma balada, pois vocês me envergonham
Vocês, da minha pobre universidade parasitária
Vermes secos, ratos roedores de livros
Um dia, antes de vomitar, escreverei para vocês
Uma ode cômica ou uma elegia.
E se minha música estiver um pouco sem música,
Acrescente flautas e um tambor,
E também os metais do bom e velho rock.
Norbert-Bertrand Barbe - POÈMES À TRISTAN CORBIÈRE
ÇA?
Ensaios? - Ora, eu não tentei a fazer soslaio!
Estudo? - Preguiçoso, eu nunca saqueei.
Volume? - Muito encadernado para ser relido...
Cópia? - Infelizmente não, não é remunerado.
Um poema? - Obrigado, mas lavei minha lira.
Um livro? - ... Um livro, mais uma vez, é algo para se ler!
Documentos? - Não, não, graças a Deus, está costurado!
Álbum? - Não é branco e é muito desconexo.
Rimas? - Por onde começar? ... E isso não é bonito.
Uma obra? - Não é polida nem repolida na vida.
Canções? - Eu gostaria muito, ó minha pequena musa! ...
Passatempo? - Achas, então, que isso me diverte?
TRISTAN CORBIÈRE – TRADUÇÕES ERIC PONTY
ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA