Partimos com o delicado sopro da primavera
No final do verão, por meio do campo fumegante
Para a sua cidade. Ainda havia paredes robustas
E andaimes indignos de pessoas livres
E o dia - sobre naturalmente puro e quase sublime.
Chegamos à sua casa silenciosa. Lançamos
Um olhar reverente para cima e nos dispensamos. Hoje,
Quando tudo quer gritar, nossa saudação silencia.
Ainda poucas horas: o espaço consagrado
Erigindo: eles os tocam para crer
As cores vivas cintilam nas ruas.
A multidão se agita festiva
Adornando o Grande e perguntando-lhe
Como ele serve de escudo para cada clã -
Que apenas ouve a voz mais alta.
Não há limites para as alturas das almas.
O que sabem sobre o sonho rico e o canto
Que vocês admiram! Já na infância sofrem
Que vai ao muro. Se inclina para a fonte
No tormento do jovem e na inquietação do homem
E na melancolia que ele abrigou por trás do sorriso.
Se ele viesse igual alguém ainda mais belo na vida,
quem então a honraria? Ele passaria
como um rei ignoto por vocês.
Vocês o chamam de seu e agradecem e exultam -
Vocês, é claro, cheios de todos os seus impulsos
Apenas nos inferiores, quais dos animais -
E hoje apenas a sarna do povo late...
Mas não suspeitam que ele se tornou pó
Desde então, ele ainda abriga muito de vocês
E que nele, o resplandecente, já ofuscar-se muito
Do que ainda chamam então de eterno.
STEFAN-GEORGE- TRAD. ERIC PONTY
ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA
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