Poeta confundido entre as almas vis,
que sonhas com deuses, conhece bem os teus jogos?
Lembre-se de que Apolo, com tarefas servis,
Soube dobrar o orgulho de teu peito tempestuoso.
Admète teve que, às vezes, na hora habitual,
Sob o sol poente, virar-se para ver as margens,
O tranquilo pastor de cabelos formosos
Que conduzia os bois cantando até o bebedouro!
Os deuses daquela época, mesmo em um estábulo,
nutriam o velho peito de tua raça indomável:
sob o sayon do pastor, persistiam briosos e belos.
Mas os deuses de hoje têm almas tão monótonas
Que, quando são acuados a pastar os rebanhos,
Vê-los-emos correr de quatro à tua frente.
ALBERT GIRAUD - TRAD. ERIC PONTY
ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA
Nenhum comentário:
Postar um comentário