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quinta-feira, outubro 23, 2025

NOSTALGIES - THÉO HANNON.-TRAD. ERIC PONTY

Nas florestas escuras da África indomável
Cujo olho dourado o sol não consegue entrar
Nas profundezas insondáveis e trágicas,
Nem o olhar da águia ou do condor,
Nas florestas escuras da África invencível,
No coração dos prados trêmulos
Livres e briosos, intensas feras selvagens se amam.

Longe de homens cruéis, sua paixão soberba
Germina e floresce como largas flores,
Flores ardentes incendeiam a grama
Onde a aurora semeou diamantes chorosos.
Longe dos homens cruéis, soberba paixão,
Com gritos longos e roucos
invejados pelos ecos dos picos e vales.

Mas um dia caçador chega para dispor seus ardis,
Ruindo esses reis em enxovias de ferro...
Brincadeiras de plateias que tremem em seus assentos
Logo morrem de vergonha em seu inferno.
Pois um dia caçador dispôs seus ardis para te,
Tigres, panteras e leões,
Apesar de gritos de raiva e suas rebeliões!...

Mas minha alma está cativa qual pantera.
É em vão que ela quer, com asas fundas,
Voar para além do oceano e da terra,
Ai de mim! ela desaba em nossos tetos.
Pois minha alma é tão cativa quanto uma pantera:
O preconceito, sob suas grades
A apresa, conferida à sinistra bourreaих?

THÉO HANNON.-TRAD. ERIC PONTY

 

    ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA

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