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domingo, setembro 14, 2025

CALIBAN EM ARIEL - Algernon Charles Swinburne – Trad.ERIC PONTY

"Tua voz antiquada é proferir discursos sujos e detratar
A língua é solta daquele escravo mais mentiroso,
A quem os golpes podem mover, não a afeição. Ouça: "Vejam só,
O correto deus da canção, Lorde Stephano,
Esse é um deus audaz, se é que um deus é audaz,
E impregna o licor celeste; mas", o patife
(Uma anomalia muito bufa) uiva, "nós sabemos
Que dos lábios de Ariel brotam fontes de veneno,
O blasfemador de peito de galo! Ouçam-no delirar!"

Escravo deletério, obtido pelo próprio demônio
Sobre tua perversa mãe, a bruxa cujo nome
É penumbra, e o sol é um insulto de teus olhos,
Embora os canais quentes do Leteu não gerem elfo mais abjeto,
Os homens não te premem, vendo teu embaraço
Tão perfeita: apenas lhe dizem - "Origem de bruxa, fora daqui!"

Algernon Charles Swinburne – Trad.ERIC PONTY

 

  ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA  

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