Sou jovem; a púrpura em minhas veias é abundante;
Meu cabelo é azeviche e meus olhos são de fogo,
E, sem cascalho ou tosse, meu peito profundo
Aspira plenos pulmões o ar do céu, o ar de Deus.
Aos ventos esmerados que sopram da Boêmia,
Sem contá-los, lanço minhas noites e meus dias,
E, entre os frascos, mui vezes a aurora de rosto pálido
Me flagrou expondo uma máscara de veludo.
Mais de uma me deu a chave de ouro de tua alma;
Mais de uma me nomeou teu mestre e teu conquistador;
Eu a amo, e às vezes um anjo com corpo de mulher
A noite desceu do céu pra dormir em meu coração.
Meu nome é versado; minha vida é feliz e fácil;
Tenho muitos inimigos e alguns invejosos;
Mas a amizade sempre depara um lar comigo,
E a felicidade dos outros não ofende meus olhos.
Meu cabelo é azeviche e meus olhos são de fogo,
E, sem cascalho ou tosse, meu peito profundo
Aspira plenos pulmões o ar do céu, o ar de Deus.
Aos ventos esmerados que sopram da Boêmia,
Sem contá-los, lanço minhas noites e meus dias,
E, entre os frascos, mui vezes a aurora de rosto pálido
Me flagrou expondo uma máscara de veludo.
Mais de uma me deu a chave de ouro de tua alma;
Mais de uma me nomeou teu mestre e teu conquistador;
Eu a amo, e às vezes um anjo com corpo de mulher
A noite desceu do céu pra dormir em meu coração.
Meu nome é versado; minha vida é feliz e fácil;
Tenho muitos inimigos e alguns invejosos;
Mas a amizade sempre depara um lar comigo,
E a felicidade dos outros não ofende meus olhos.
Théophile Gautier - Trad. Eric Ponty
Nenhum comentário:
Postar um comentário