Quando considero que tudo o que cresce
Tem em tua perfeição apenas um pequeno momento,
Que este imenso palco não apresenta nada além de espetáculos
Onde as estrelas, em secreta influência, comentam;
Quando percebo que os homens, quais plantas, crescem,
Animados e controlados até pelo mesmo céu;
Ostentam em tua seiva juvenil, e em altura diminuem,
E que seu estado de bravura se desvanece na memória;
Então o conceito dessa permanência inconstante
O que mais me enriquece na juventude é a tua visão,
Onde o tempo esbanjador debate-se com a decadência,
Para transformar teu dia de viçosa em noite manchada;
E, todos em guerra com o Tempo, por amor a ti,
Enquanto ele o tira de ti, eu o enxerto de novo.
William Shakespeare - trad.Eric Ponty
Nenhum comentário:
Postar um comentário