ELEITO Silêncio, cante para mim
E bata em meu ouvido turbulento,
Leve-me a pastagens tranquilas e seja
A música que me interessa ouvir.
Não moldem nada, lábios; sejam adoráveis e mudos: 5
É o fechamento, o toque de recolher enviado
De lá, de onde vêm todas as rendições
Que só o torna eloquente.
Sejam conchados, olhos, com dupla escuridão
E descubram a luz incriada: 10
Esse tumulto que você comenta
Enrola, mantém e provoca a simples visão.
O paladar, a cabana da saborosa luxúria,
Não deseja ser lavado com vinho:
A lata deve ser tão doce, a crosta 15
Tão fresca que vem em jejuns divinos!
Narinas, seu hálito descuidado que gasta
No agitar e guardar do orgulho,
Que sabor terão os incensários
Ao longo do lado do santuário! 20
Ó mãos de prímula, ó pés
Que querem o rendimento da relva macia,
Mas vocês caminharão na rua dourada
E desalojarão e abrigarão o Senhor.
TRAD. ERIC PONTY
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