P/Antônio Gaio sobrinho
Você que se enriquece com um grande tesourovirando as páginas antigas e modernas,
e cuja mente se eleva apesar da carga dos anos,
sabe que desde o reinado por meio dos tempos
até o grande Augusto, em cuja cabeça
uma coroa de louros foi botada três vezes em triunfo,
quantas vezes São João foi generosa com seu sangue
para com outros que haviam sofrido danos.
Esses dias inertes nas margens do Lenheiro,
Em doces estudos, leitura, escrita e canto,
Fizeram-me, meu Lenheiro, que ouve o canto,
E, como Deus, eu o adoro e reverencio.
E o discurso dos modernos e o que ouvir agora,
Muitas vezes eu o adorno, e a arte na qual me vanglorio,
E de Troia em cujos conceito e de Xanto,
Enquanto tecerei meus versos e sua glória.
É bom brilhar nas graças superioras
Mais que lobo e mais do que estrela ardente,
Como se na terra esses sinais eternos jazessem.
Primeiro, Gonzaga, e depois o nome que tem
E mais ilustre a si mesmo; e se o der as versões
Como uma fonte de discurso serenou desse Lenheiro.
Por que dele não seria agora?
Não generosos, puramente gratos e devotos
em punir as ofensas ímpias
Que esperança o inimigo ainda alimenta
de meras defesas humanas,
Se Cristo estiver com a força oposta?
Recebidas pelo glorioso filho de Maria, nosso Senhor?
Você verá a Itália e as margens históricas
De Montese, Canção, não ocultos de minha vista
por mar ou cordilheira ou montanha,
mas somente o Latim, que com sua nobre luz
mais me faz ansiar onde ele mais me inflama,
pois o hábito faz com que nosso estilo mude aos poucos.
ERIC PONTY
ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA
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