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segunda-feira, maio 27, 2024

RETRATO DE UMA DAMA DE MINHA IMAGINAÇÃO - [Trecho] - ERIC PONTY

Quem ouvirá em nacos espalhados de rima,
o som das perpétuas com quais comi meu cerne,
em minha primeira buscando juvenil, quando, 
em parte, tudo repartir era outro homem que não mais sou;

Dos tons mutáveis com dos quais falo e pranto,
entre minhas expectativas deixadas e minha dor inútil,
entre aqueles que sabem por meio da provação 
pode ganhar perdão, até mesmo dó, eu espero.

Mas agora vejo que quando eu era jovem
eu era um palavrão em todas as línguas,
pelo que amiúde me encho de embaraço;

Esse é o fruto de minha perambulação insana,
com penitência e uma clara apreensão de uma coisa:
o deleite deste mundo é um devaneio abreviado.

Para se vingar elegantemente de mim
e punir em um dia mil ofensas foram tangidas,
Quem amor pegou seu arco e me manteve em sua mira,
esperando e observando secretamente.

Meus alentos se amontoaram no bastião do cerne,
ali e atrás dos olhos para montar minhas capitais
defesas principais, quando a batida fatal jazigo
onde a ponta de cada flecha soia ser embotada.

Distintos por esse primeiro ataque,
Não tiveram a azo ou o poder para pegar 
em armas naquela hora desesperada

ou me guiar sabiamente pela trilha fadigosa
na encosta do alto calvário, acima da ruína
da qual queriam, mas não conseguiram me guiar.

Quando os raios brilhantes do sol de tristeza 
por seu criador, diminuem sua luz,
quando fui levado cativo sem lutar,
pois fui capturado por seu olhar brilhante.

Parecia que não precisava usar armadura 
contra os golpes do amor: Das reimagens era fluvial,
Seguia minha abertura seguro e despreocupado;  
Naquele dia de dor geral, minha amargura abriu.
O Amor me achou desarmado, pois não havia vigia
para guardar a passagem que levava olhos ao coração,
Olhos que hoje são comportas acesas para as lamúrias.
Acho que seu fruto em honra não foi amplo,
Que ferindo-me com um dardo nesse estado
enquanto armado, nunca demostrou seu arco.

Aquele cujo desígnio e providência ilimitada
aparecem em toda a sua maravilhosa obra,
que circundou este e o outro hemisfério
Temperou reimagem com a suave influência do tempo,

Que vindo à Terra para fulgurar a veracidade
asilada nas escrituras por tantos anos,
chamou de seus equipamentos de sedutora 
e concedeu porções celestiais de ambas imagens.

É do agrado elevar o humilde acima dos demais.
Por isso, escolheu agraciar a não a orgulhosa Dama 
com seu surgimento nos das reimagens do pensar.

E sendo-lhe de uma ideia nos dá um novo luzir,
pelo qual devemos agradecer à caráter e ao recinto
onde essa beleza abrolhou enquanto meditar face.

Meu desejo louco se perdeu tanto em sua perseguição 
àquela que se transformou em fuga da linhagem,
Sendo-lhe livre dos ardis do amor é leve quaisquer imagens
e voa diante de minha demora no templo ideias.

Quando eu o instigo com mais insistência
para a passagem segura, minha direção 
sendo que é a que ele mais desdenha,
nem adianta usar as esporas ou as rédeas,
Que amor tornou sua natureza tão refratária.

E quando ela deita as limagens entre os dentes
ele me tem sob seu controle e pretende
contra minha cobiça, para me levar à morte;

apenas para parar embaixo do loureiro capital,
onde colho uma fruta amarga, cujo sabor inflama
minhas feridas, em vez de aliviá-las para mim.

A gula, o sono e a indolência, e, cobiçam 
banirem a virtude do mundo atual,
de modo que nosso caráter quase se desviou
de seu próprio curso devido ao império do hábito;

E assim se extinguiu a luz favorável
do céu, a partir da qual a vida humana toma forma,
que alguém que faria para o produzir um arroio
é apontado como uma visão admirável.

Quem busca o louro ou a murta agora?
"Filosofia, viajasse pobre e sem nada"
lembra a multidão, tomada em ganhos sórdidos.

Portanto, serão raros os companheiros em sua estrada;
Ainda mais, nobre alma, eu lhe peço, mantenha-se firme 
Nesta tarefa de grande alma que tem em mente.

Abaixo dos contrafortes onde a adorável e flexível
capelo de seus membros terrestres vestiu pela primeva vez
a senhora que acordou chorando de seu repouso
aquele que nos envia tal qual um presente da reimagem.

Livres e em paz, passamos pela passagem ida
desta vida mortal, quais de todos os seres sombrio 
desejam, sem suspeitar que encontraríamos
uma emboscada na passagem para nos fazer ficar.

Mas para nossa atual conjuntura miserável,
arrancados da vida que levávamos sem apreensões,
e para nossa morte, temos um consolo:

Da vingança contra o culpado por nossa dor,
que, perto de seu fim e sob o poder de outro,
jaz enredado em um fluxo mais pesado.


Quando tua face brilhante que divide as horas
se aloja dentro de minha alma durante a virada do ido,
nesta influência que cai de seus chifres flamejantes
vestindo-lhe a face com uma nova mudança de cores;

Não apenas as primeiras cores decoram tua face
as margens e colinas espalhadas por onde podemos ver,
mas também no subsolo, onde nunca é dia,
a umidade do teu olhar se torna prenhe de um novo calor;

Então frutos quais teus olhares são colhidos. Assim, naquelas
que entre outras mulheres é um sol formoso de tua face
voltando teus olhos para mim, com teus raios brilhantes

Criará em mim os pensamentos, as palavras e os atos do amor;
e, no entanto, não importa para onde ela direcione
esse olhar, para mim a buganvília nunca chega.
Quanto mais meu último dia se aproxima,
que servirá para encurtar a constância da miséria humana,
mas eu vejo como o tempo corre célere e leve,
minha esperança nele é ilusória e vã.

Digo aos meus pensamentos: "Não temos muito que ir
falando de uma Dama, pois agora o mais pesado,
mais sólido fardo terrestre, como a alvorada fresca
está derretendo, o que por fim nos trará descanso:

Pois com esse peso cairá a esperança vazia
que nos mantivermos em êxtase por tantos anos
e todos os nossos risos, choros, raiva e medos;

"Então distinguiremos confessadamente como todos os
os mortais estão lutando por um prêmio equívoco
e ah, quantas vezes soltamos suspiros improfícuos."

Levado pelo Lied contra medito as reimagens do tempo
Fluvial cruzará a linha que sei muito bem que não deveria,
o que faz dele o único monarca de meu coração,
me ache mais difícil do que o normal.

No passado, eu controlava meu desejo ardente
por medo de perturbar sua nota calmaria e adorável;
Não posso mais: arrebatou as rédeas, agora as soltas,
e minha alma se tornou descuidada em desespero.

Sendo assim a causa se, de repente, Lied se soltar:
atiçando suas notas que o picam com esporas,
até que, para se salvar, tentando aberturas difíceis;

Aqueles mais esquisitos em idade ou posição,
com um breve gesto, pediu que se afastassem
e recebeu graciosamente apenas daquelas notas.
 ERIC PONTY
ERIC PONTY - POETA - TRADUTOR - LIBRETISTA

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