P/ Moema
Amante ciumento, abro mil olhos e me viroE mil ouvidos para cada som intencional,
E só de cego horror larvas e sustos
Como um animal que eu ouço e contemplo.
Ela solta uma gargalhada, se por sua vez é doce
Regozija-se, volta seus belos olhos brilhantes,
Se, cingida de piedade, as lamentações alheias
Acolhe ou comove uma palavra ou um suspiro,
Temo que os outros gostem e que isso me invada
10 A aura e a luz, e lamento que ela explique
Um raio de sua beleza em alguma parte.
Seja negado a mim, assim como cada um é negado:
Pois quando os outros não brilham meu belo sol,
Na escuridão, ainda viverei com alegria.
Torquarto Tasso - TRAD. Eric Ponty
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