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domingo, janeiro 14, 2024

LOS SONETOS DE BILBAO - Rosário de Sonetos - MIGUEL DE UNAMUNO - Trad. Eric Ponty

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0FARTORJO

Ao meu querido amigo Pedro Eguillor

Não dos Apeninos com sua saia brilhante,
de Archanda, nosso Archanda, aquele que alegra a noite
Eu colhi neste verão, por bem ou por mal
rosas frescas em campos de esmeralda.

Como o sol piedoso não sobe lá
as montanhas me concederam esse desperdício de sonetos
de sonetos; eu os fecho com o broche
deste ofertório e os entrego a você, guirlanda.

Vão para o do Nervión desde a margem
este do Tormes; àquele meu Vizcaya
levando as solidões de Castela.

Não com um arado, eu as tirei com uma linha;
guarde-as para mim em sua cadeira protegida...
para o caso de um dia minha fé desfalecer.

II
Pl.IESTA. DO SOL

Você sabe qual é o tormento mais feroz?
É o de um orador ficar mudo;
o de um pintor, supremo no nu,
Perder o talento tal como meu ser;

Diante dos tolos, e é no momento
quando o combate está em seu ponto mais difícil,
apenas para se encontrar sem lança e escudo,
Encher o inimigo de alegria.

Ser envolvido pelas nuvens do pôr do sol
Quando finalmente nosso sol desaparece
É pior do que morrer. Passo terrível

Sentir nossa mente desmaiar!
Será que nosso pecado é tão horrendo?
Que assim merece o martírio de Luzbel?

S. IX 10.

III
¡FALIX CUlPA.!

A árvore da vida está repleta de frutos
e fique em frente à árvore da ciência
cheia de flores de essência perfumada
Proibidas por Deus aos nossos pais.

Mas o lucro, em nome do prazer, esquece
a mulher, e abusando de sua inocência
O homem dá - felizmente - uma flor desobediente
De saber que para saber mais o conhecimento convida.

Desde então, o pagamento do tributo
de nossa morte é a dobradiça da vida;
a alma se envolve em luto cristão

Relutantemente, fazemos o sacrifício
Da virtude para colher seus frutos,
enquanto o vício floresce perfumado!

Vida da Morte

Para não ouvir mais chover, para sentir 'ëvo;
o universo se transformou em névoa
e acima de minha consciência como espuma

na qual recebo o lento gotejamento.
Morto em mim tudo o que é ativo,
enquanto toda visão da chuva desaparece,
e lá embaixo o abismo no qual a água é adicionada

da klepsydra a água; e o arquivo
de minha memória, de lembranças mudas;
o espírito saciado em pura inércia;
sem lança e, portanto, sem escudo,

à mercê dos ventos do destino;
esse viver, que é um viver nu,
não é a vida da morte?
MIGUEL DE UNAMUNO - Trad. Eric Ponty
ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA

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