A ovelha tão exiba seu novelo de estrato,
Que as flores, à brisa, conclamem: De volta!
E traga de novo os azuis do regato!
Embora o sol sépia nem brilhe e nem orne,
A relva do prado tão cheia de mato,
E a nuvem silente de negro retorne
Um dengo persiste de um morno abstrato.
No prado, carneiros, temendo a friagem,
Se afastam da malva e de toda linguagem
Sabendo finita mais uma das pastagens.
A vida a passar nesse prado de relva,
Traz vento às ovelhas, mas cheiro de selva,
E ululos ferozes de lobos covardes.
Eric Ponty
ERIC PONTY-POETA-MESTRE-TRADUTOR-LIBRETISTA
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