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quinta-feira, novembro 16, 2023

Ode ao Mar - Puchkin - TRAD. Eric Ponty

Normalmente, partia de São Petersburgo em meados de setembro e permanecia no país até dezembro. Neste espaço de tempo, era seu costume desenvolver e aperfeiçoar as inspirações do resto do ano.

Era de natureza impetuosa, mas afetuosa e muito amado por um numeroso círculo de amigos. Uma caraterística seu carácter era caracterizado por um apego inalterável à sua de Eugénio Oneguine e noutras obras.

A influência preponderante que Byron exerceu na formação do seu génio na formação do seu génio já foi referida. É de fato provável que devamos Oneguine às impressões combinadas de

Childe Harold e Don Juan na sua mente. No entanto, o poema russo de Byron num único aspeto - a saber, na completude de Byron num único particular - a saber, na completude da narrativa, sendo os enredos destes últimos meros veículos para o desenvolvimento das reflexões gerais do poeta. Há razões para crer que Puchkin também fez deste poema o registo de sua própria experiência. É sem dúvida a prática de muitos autores de ficção de renome, cujos nomes facilmente leitores. De fato, como nunca conhecemos os verdadeiros motivos que movem os outros, segue-se que em nenhum lugar as fontes secretas da ação humana podem ser estudadas com tanta vantagem como na nossa própria ação humana seja estudada com tanta vantagem como no nosso próprio peito. Assim, o romance é por vezes apenas o reflexo da individualidade do escritor e ele adota o conselho do poeta americano:

Olha então para o teu coração e escreve!

Mas uma consideração mais aprofundada sobre este assunto seria aqui lugar. Talvez eu não possa concluir este esboço de forma mais adequada do que a citação da sua Ode ao Mar, o tributo de admiração do poeta de Napoleão e Byron, que, de todos os contemporâneos, parecem que mais influenciaram a sua imaginação.

Adeus, caminho dos livres,
Pela última vez as tuas ondas eu vejo
Diante de mim rolam com desdém,
Tão brilhantemente belas e azuis.

Porquê um pesar inútil? Onde quer que agora
O meu curso desatento possa seguir
Um objeto na tua fronte deserta
Eu sempre verei.

Uma rocha, o sepulcro da Fama!
Os pobres restos de grandeza se foram
Uma fria lembrança ali se tornou,
Ali pereceu o grande Napoleão.

Em tormentoso sono, deitou-se;
Então, como uma tempestade que ecoa,
outro génio se afastou,
Outro soberano das nossas almas.

Ele morreu. A liberdade chorou o teu filho,
Ele deixou o mundo com a tua grinalda intensa.
Lamenta, Oceano, surge em tumulto selvagem,
Cantar de te era o teu prazer na margem

Impressa nele estava a tua marca,
O teu génio foi moldado por ti;
Como tu, ele era insondável, escuro.

Puchkin - TRAD. Eric Ponty
Eric Ponty - Poeta-Tradutor-Libretista

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