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quinta-feira, abril 06, 2023

Sonetos da Portuguesa - Elizabeth Barrett Browning - TRAD. ERIC PONTY

                                                             O POETA-TRADUTOR

De vez em quando aparece alguém que me diz: “Por que você não escreve conto, novela, romance?”. Costumo responder: A vida me levou a me especializar na poesia e, para isso, li muita crítica e comecei a gostar da crítica. Não sobrou mais tempo para nada. Sou o Poeta-Crítico, como escreveu Alceu Amoroso Lima, num belo ensaio publicado em O Jornal do Brasil (22.06.78). Mas não tem faltado também quem me cobra: “Por que você não faz tradução? É coisa da moda. Veja o Haroldo de Campos”. Respondo sempre: Já tentei traduzir Apollinaire, não gostei dos poemas que traduzi: prefiro lê-los no original. Para o livro Defesa da poesia, no prelo, fiz pequenas traduções, mas, como se dizia em Goiás: Fiz para o gasto. Nunca fui tocado por aquele enthusiasmós de que fala Demócrito e que encontro na grande atividade intelectual de alguns amigos, que leio e admiro.  

É o caso de ÉRIC PONTY (1968), o Poeta-Tradutor que reside em São João del Rei, e que, para o seu pseudônimo literário, soube combinar o nome próprio, tirado de algum ancestral escandinavo com o sobrenome de um dos fílósofos da fenomenologia, Merleau-Ponty que, no livro inacabado Le visible et l’invisible (1964), tenta escapar da visão tradicional de sujeito-objeto para mostrar que “o visível se dobra sempre no invisível”, paradoxo que lhe permitia evitar só um tipo de subjetividade. Apesar da possível herança francesa, penso eu que a pronúncia do sobrenome do Éric é mesmo Pônty (paroxítona) e não Pontý, à maneira francesa. Pelo menos eu o trato assim, e nunca me corrigiram.

 Sinto que a filosofia que o inspirou no pseudônimo tem muito a ver com a personalidade de ÉRIC TIRADO VIEGAS, o verdadeiro nome desse autêntico poeta-músico-tradutor que não se contenta com a face visível da leitura dos grandes, dos melhores autores universais, deseja ir além, buscar o invisível que se expressa na linguagem, na escrita de autores, que ele tem traduzido, como um alucinado em prol da Beleza. Nomes como Paul Valéry, Malherbe, Paul Verlaine, Jonh Keats, Calderón, Pablo Neruda, Petrarca, Cummings, Mallarmé, Shakespeare, Yeats, Pound, Joyce, Kavafis e  John Donne formam a mais alta galeria de notáveis poetas que tem sido alcançada pelo estilete tradutor de Èric Ponty, ansioso de os ler também em português, de os apresentar no idioma de Jorge de Lima, o da Invenção de Orfeu, num surrealismo poético que os nivela e os deixa à disposição do leitor paciente, e obstinado.

Esse exercício incansável o leva a estar continuamente às voltas com problemas de métrica, tentando dar ao texto em português o sentido retórico do poema estrangeiro, assunto na imensa maioria das vezes “esquecido” pelos tradutores de poesia que só pensam transpor a forma do conteúdo.  Gente tida como importante, mas que não “ligam” para o ritmo do poema na língua original, como já demonstrei certa vez em O Jornal do Brasil ou em O Globo, já não me lembro bem. 

Não é certamente o caso do poeta-tradutor (e músico) de São João del Rei que se esforça para recompor em português a harmonia rítmica dos Sonnets from the Portuguese, publicados em 1850, com quarenta e quatro poemas, ao contrário da primeira edição, de 1847, Sonnets of E.B.B., com quarenta e três. No soneto XLIII, a poetisa da Inglaterra, que terminou os seus dias na Itália, expressa no mais sublime lirismo a plenitude do sentimento amoroso pelo seu marido poeta. Leia-se o último soneto da série original, na tradução de Eric Ponty: 

                           XLIII 
Como eu te amo? Deixe-me contar caminhos.
Eu te amo à profundidade e largura e altura
Minha alma alcançar, quando sentir fora da vista
Para os fins do Ser e da Graça ideal.

Eu te amo ao nível do cotidiano dias
Precisão mais calma, pelo sol e vela-luz.
Te amo livre, quão os homens se lidam a o Direito;
Te amo pura, quão eles se demudam louvor.

Te amo com uma paixão colocada em uso
Em minhas velhas doenças, com fé minha infância.
Te amo com um amor que eu parecia perder.

Com meus santos perdidos, --- Te amo com alento,
Risos, choros, toda a minha vida! ---, Deus propor,
Eu vou te amar melhor ainda depois da morte.

A par deste trabalho meticuloso, o poeta-tradutor de São João del- Rei exercita-se constantemente na prática e no conhecimento do discurso poético, escrevendo poemas, muitos dos quais publicados em jornais e revistas do Brasil. 

                                                              Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 2016
Á presente tradução respeitou o contexto dos sonetos da Portuguesa (Sonnets from the Portuguese) onde foram consultadas três edições. Nós optamos pela versão da Complete Works of Elizabeth Barrett Browning (Delphi Classics). Sonnets from the Portuguese publicados em 1850 onde todos versos aparecem em maiúscula  em decassílabos com rima, mas nós deferimos da rima do original para o verso branco como ela fez em Aurora Leigh para não apagar às brilhantes metáforas de Elizabeth Barrett Browning que estavam no conjunto original seguindo um passo diferente dos outros tradutores que traduziram em decassílabos com rima, mas às metáforas originais foram apagadas ficando somente uma linha de trechos da poesia, coisa que não fazia jus a memória e grandiosidade destes sonetos. 

Traduzir à sintaxe de Elizabeth Barrett em português é impossível. Ela compôs os Sonetos da Portuguesa em decassílabos, mas ao vertê-los para nossa língua, pedir-se-iam muitas metáforas que são o estilo

pessoal da Poeta. O Tradutor optou pela recriação desta sintaxe só se valendo de transposições ou reescritas quando a literalidade se choca com a índole de nosso idioma, e vale à pena lembrar que a Poeta era fã de Luiz Vaz de Camões.  

A recriação é como se à Poeta estivesse escrevendo em português. Isso nos fez usar o metro em dodecassílabo que recuperou estas metáforas preciosas, pois o inglês e monolítico, e haviam versos que em português que transpostos chegavam há 17 silabas métricas, que não poderiam ser apagados de seu jardim poético, por isso a opção de um metro maior que dessa conta dessas metáforas destas silabas métricas. 

Éric Ponty 2016
   

I
Falei uma vez como Téocrito havia nos atraído,
De seus meigos anos, caro e mirado dos anos,
Cada um deles duma airosa mão me aparece
haver um dom dos mortais, quais velhos ou jovens.

E, como eu sopesei que na sua anosa língua,
Vi, à visão gradual em meio destes meus prantos
Meigo, dos tristes anos, magoados dos anos,
Pessoas minha azada vida, voltas tinham culta.

Logo tinha me cuidado, uma alma em mim
Soluçando, mística à forma eu fiz movê-la
Por trás de mim e ao meu cabelo se avocou.

Voz disse-me com mestria, enquanto eu lutava –
"Acho cá quem detém-te?" - "A morte", diz. Mas, não há
Suave prata em reposta- "Não há morte, mas o amor."

II
Mas tão-só os três em todos Deus que deste universo
Ouvimos termo tu disseste: - ele próprio, ao seu lado
Falar-te-ia, e a mim escutaria! E me rebateu
Dum de nós... É o que era Deus... Era do opróbrio.

Tão lustres sobre minhas pálpebras punidas,
Meus olhos vertei-a, - se eu tivesse morrido,
Da morte os pesos, postos ali, teriam sidos
Menos há absoluta exclusão. "Não", que é pior.

De Deus do que todos os outros, ó meu amigo!
Homens não podiam ir vida sensual da discussão,
Nem mares nos mudem, nem cheias nos dobrem;

Nossas mãos raiem todas serras ou será apenas:
Céus sejam esmagados dentre nós no final,
São débitos, mas votem mais veloz destino.
III
Ao oposto, nós, ao oposto, Ó principesco imo!
Ao oposto dos nossos usos, de nossos acasos.
Nossos provendo dois anjos olham-se admirados
Em uma doutra, são, por molde, bater-se contra.

As tuas asas passagem. Tu, te oraras, da arte
Dum hóspede de rainhas nos rituais sociais,
São códigos duma centena dos olhos vivos
Prantos podem ser meus, há tua parte à visão.

Deste mestre músico. De que tu tens de que não
Guina à partir do piso das luzes em mim,
Pobre, exausto, errante cantor, tu cantares lado.

No escuro, do encostado ramo dum cipreste?
Missa crismal estás em tua nuca, - meu, orvalho, -
Morte deve arraigar-se nível donde acordaram. 

IV
Tu tens tua aptidão de alguns palácios falidos,
Mais airoso poeta de altos poemas! Onde 
Dançarinos irão rescindir às bases, cuidadas
Verão dos teus mais grávidos lábios maiores. 

Sabes tu ergueres à casa do belho muito pobre,
Na mão de teus? Poderás tu pensar em teres,
Tua música faças daqui ser duma noção
Em dobras doiro à perfeição à minha porta?

Olhe alto e olhe do pivotante partido dos
Morcegos e corujinhas aninham no teto!
Um grilo morrendo contra o teu bandolim.

Silente clamando nenhum eco em meu juízo,
Em desolação! Não há duma voz de que dentro
Gemendo ... como tu saibas cantares ... só, só.

V
Erguido meu coração azarado de solene,
Duma Electra que duma sepulcral Urna,
Olhando em teus olhos, já eu já me quedei
As cinzas destes teus pés. Eis que ei de me ver.

Amplo monte lutos leigos oculto em mim,
São destruição vermelha hão de se exaltares,
Meio gris medial. Se do teu pé desprezado,
Podias pisar fora ao teu crepúsculo total.

Ele pode ser bom quiçá. Mas se em vez disso,
Tu esperavas além mim ao vento quererás soprar-me,
Pó cinzas ao alto…. Os louros de tua cabeça.

Ó meu amado, não irás me abrigar assim,
Nenhum de todas ustões devereis arder
Velo cá abaixo. Erga-se outra voz então. Parta.
VI
Vá por mim. Porém, sinto que irei acudir-me,
Doravante da tua sombra. Jamais deste mais
Sozinha sobre o limite desta minha porta
É a vida particular, da qual eu só governo.

Usos de minha alma, nem erguerei à mão,
São quietudes do sol era como fosse de antes,
Sem da compaixão da qual vós me calardes –
Teu toque na palma da tua mão. Foi maior terra.

Morte tem parte em nós, deixas teu peito ao meu,
Ungidos ao baterem duas vezes. O que faço
E o que eu enleio te incluir, como se dum vinho.

Que têm sabor próprias uvas. Quando eu orar,
Deus pôr mim, Tu escutarás o nome da tua
Verás dentro meus olhos prantos de nós dois.
  
VII
A face todo mundo está todo trocado, acho 
Primevo ouvindo dos teus passos da tua alma
Passarás, ainda, além de mim, quando se sonegam
Dentre mim do formidável abismo exterior.

De óbvia morte, donde eu, me ajuizava tão pia,
Pegado teu amor, de que nos educamos à toda
Vida num novo ritmo. Cálice desta esmola
Deus deu ao Batismo; estou nervosa ao bebê-lo.

Elogias candura, meigo, contigo quase
Nome do país, céu, são feitos dos ausentes
De donde tu és e hás de ser, de lá ou daqui.

E este ... deste alaúde que é música ... amei ontem,
(O hino dos anjos sabe) só são tão queridos
Pois teu nome mexias à destra, têm a falar.

VIII
O que posso te dar passado, liberal, 
Principesco dador, tu me causavas douro,
Roxo teu coração, casto, dos incontáveis,
E pô-los no lado de fora desta mureta.

Pôr tal quando ao aceitas ou deixareis vossas
Súbitas benfeitorias? Eu estou sendo fria,
Ingrato, com às afluências destes coletores,
Alta dos dons, hei-te dar nada ao teu passado?

Não, só frio, - mas são muito pobres doutra forma.
Peço a Deus acessão. Crebros prantos têm chorado,
Cores da minha vida, e da esquerda aos mortos.

As pálidas são coisas, não eram bem tratadas,
Darias mesmo travesseiro à essa tua nunca
Mais longe! Deixá-lo servir te vais pisoteá-lo.

IX
De que pode estar certo de que eu posso dar?
Deixar abancar abaixo queda meu pranto
Como sal meu que me ouço no pranto dos anos,
Re-suspiro meus lábios não são compreensivos.

Por meio dos raros sorrisos trocam à vida
São teus convites? Ó deste que meus medos
Poderias ser parco destro! Não somos pares
Ao sermos amantes; eu própria, sou ás dores.

De doadores tais dons meus, lhes são careceres,
Seres ditos poucos pródigos. Fora, infeliz!
Não quero que teu chão roxo fosse do meu pó.

Nem respiraras tóxico tua Veneza de vidro
Nem te dar alguns amores – se forem injustos.
Querido, eu só te amo! Tu o deixares passar.

X
Porém, o amor, apenas amor, lindo, aliás,
Digna aceitação. O brio é tão intenso fogo,
Deixará templo arder, ou linho; de igual à luz
Saltem chamas cederem prancha ervas daninhas.

Amor é fogo. E quando eu lhe digo à indigência,
Te amo ... nas Marcas! .... Eu te amo - em teus olhos
Eu ergo-me transfigurada, aclamada correta,
Sendo consciência dos novos raios jazidos.

Fora meu rosto em teu. Não há nada debaixo,
Amor, quando amor mais relês: maldosas criaturas,
Quem ama Deus, aceita-o quando te amando assim.

E o que sinto, por todo o inferior se apresenta,
Do que me faço veloz em si mesmo mostrando,
Ser grande obra do amor melhora à hierarquia.

XI
Portanto, do amor que poderá ser deserto,
Não me sinto digna. Os Logros tão pálidos,
Quão estes tu vês tremerem nos joelhos por não
Suportarem o peso dum coração pesado, -

Esta exausta harpista outrora vida zombeteira,
Ao subir Aornus, poderia raro proveito,
Da flauta, mas agora contrário vale rouxinol
são melancólica música – porquê aludir-me;

Nestas coisas? Ó querido, elas são tão simples,
Não sou tua montanha nem ao teu lugar!
E, ainda assim, porque te amo tanto, eu consigo.

Desde mesmo amor ao ressarcir à graça,
Ao viver no amor, que, no entanto, ser em vão, -
Ao abençoares, mas renunciar-te tua face.

XII
Verdade, deste amor ser deste meu orgulho,
Quando aumento do meu peito à minha fronte,
Acaso, coroavas num grande rubi certeiro,
Ao atrair olhares masculinos provam valor.

Este amor, de todo meu valor, que do ao extremo,
Não quero amor formoso, há menos que ao teu,
Ter-me-ia dum exemplo, que te mostrei quando
Destes ardentes olhos foram-me mirados.

E amor convoca amor. E assim, não alcanço a fala,
Amor, ainda é coisa boa minha sendo-me própria,
Tua alma arrebatou-me meus todos exaustos fracos.

E colocou-o pôr-te sobre um trono de ouro, -
E que eu adoro (Ó alma, devemos ser mansos!).
É, por ti só, há quem eu sou somente do amor.

XIII
E do que queres tu ao me disseste de moda,
Amor darias, aceitáveis achares os versos,
Ergueres tua à tocha dos ventos tão contrários,
Dentre nossos rostos, lançam à luz cada um? –

Ao largá-lo em teus pés. Não posso ensiná-lo,
Minha mão pegou-me à alma de tão distante,
Da minha – que eu devia trazer-te à prova,
Termos o amor oculto meu fora da apreensão.

Não deixe silêncio minha feminilidade,
Recomes minha mulher-amante em tua crença, -
Vendo não dou vencida, entanto cortejada.

E rasgaria o vestido da minha vida, em breve
Por mais destemida, sem à voz da fortaleza,
Não aconteça tom do seu imo seja lutuoso.

XIV
Se tu deverias me amar, deixe-o ser por vaidade,
Exceção amorosa apenas. O que não falo
"Eu adoro teu sorriso por olharas, teu caminho,
Falares suavemente, - dum truque do axioma.

Caído muito bem com meus, certamente trouxeram,
Percepção agradável simples num dia como este" –
Coisas de si mesmas, querido, possam ser
Mudadas, ao demudar a ti, - e amor, por isso fez.

Pode ser formas brutas. Nem me amares
Teus rostos penas limpas de minhas burlas secas, -
Qual criatura pôde olvidaras choro, que me abro.

De teu conforto perder-te teu amor assim!
Mas amar-me amor, cada vez é mais complexo
Tu podes amar, através do amor, o além.

XV
Não me denuncie, rogo-te, de que me gaste
Muita calma triste ao rosto na frente dos teus.
Nós dois daremos ares dois jeitos, não brilhantes,
Sendo mesma luz solar nosso velo sobrolhos.

Sobre mim quando tu olhaste atenção sem dúvida,
São duma abelha fechar-se num cristalino,
Certa à dor fechou-se segura ao amor divino,
No instante abrir asas e voar dentro do ar.

Foram mais estranhas falhas, se lidaram por mim,
Ao falhar. Mas eu olho para ti, em ti –
Olhando, mais à frente do amor, final do amor.

Memória auditiva desde olvido no além.
De alguém que se assentou, que, olhando do alto,
Ao longo dos rios neste mar de tão amargo.

XVI
Entanto, duma vez que tu sujeitarás assim,
E por que tu és mais que um nobre que um rei,
Tu poderás abusar contra meus medos e pares,
Teu roxo ronda-me, até o meu cerne crescer.

Perto demais contra teu imo passaste a saber
Tremetes quando só. Por que razão, conquistas
Ao pudeste provar ser príncipe, findar às coisas,
Erguendo-as ao alto esmagando-as debaixo.

Soldado dos frutos conquistados teu gládio,
São duma pessoa que se ergueu cruel à terra,
Contudo, amados, eu no último comentário.

Finda aqui minha contenda. Convidas ao ocorrido,
Ergo-me acima, da palavra de humilhação;
Teu amor maior aumentarás minha autoestima.

XVII
Meu poeta, tu poderás tocar todas às notas,
Que Deus fica dentre seu passado e futuro,
De golpear a golpear geral se fez rugido,
Estrondoso mundo da melodia flutuante.

Em dum sereno ar puro. Para dos antídotos,
São medicadas músicas, que responde pela
Caridade humilde hás usou, tu podes deitaste
Dali em seus ouvidos. Vontade ao Deus retorna.

Teus tais fins, se são meus ao confiar no teu,
Caríssimos, queres que a maioria lhes usaste?
Duma esperança, cantaras por prazer? Ou boa.

É triste lembrança, teus cânticos ao unirem-se,
À sombra, na qual o cantar – da palma ou pinho
Duma tumba, sobre a qual resta canto? Opção.


XVIII
Nunca dei madeixas de cabelo de presente,
Aos homens, queridos, exceto este de ti,
Agora os meus dedos cuidadosamente,
Fazes madeixas marrons ao poder falar.

"Levá-las." Meu dia da juventude foi-se ontem.
Velo não tem bornes indo ao pé rastejando,
Nem de planta eu desta rosa ou que desta murta,
São meninas não mais: que dela só poderias.

Cá sombra duas pálidas burlas marcam prantos,
Educam no declino de a cabeça pairar além
Dores do truque. Pensai em fúnebres guilhotinas.

Amaria valer primo lugar, mas amar remido, -
Se és tu, - achados tão puros, todos dos anos,
Beijo minha mãe aqui deixou quando morreu.

XIX
Desta alma Rialto tem desta sua mercadoria,
Trocando friso do friso sobre tua feira,
Do meu poeta, da fronte ao meu coração,
Ganho bloqueio supera os navios mercantes.

Púrpura preto está jazido deste Píndaro,
Sombria púrpura trança entristecida contra,
Nove Musas brancas frontes. A este contrapeso,
Baía da testa, à sombra, prezado, eu implico.

Ainda resististe ao teu friso, que deste tão negro!
Assim, com dum filete bom-hálito de beijos,
Quero te atar sombras salvas voltas passadas.

Leigos mortais donde continham sobre nada.
Aqui meu coração, é tua fronte, é a falta,
Calor natural cresce até há mais fria morte.

XX
Querido, amado meu, de quando eu acho que
Tu estavas no mundo já há quase um ano,
Na hora estava sentada aqui só sobre neve,
Vendo nenhum sítio, ouvirás o silêncio pio.

O período à tua voz, mas, de elo pelo elo,
Dizendo-lhes todos os meus cursos, se fossem desses
Nunca poderiam cair em qualquer dum dos golpes,
Atônito com tua crível mão da qual eu embebi. 

Da vida é ótimo cálice de susto! Prodigioso,
Nunca a sentir-te emoções dos dias ou das noites,
Ato pessoal ou fala - nem nunca abatida.

Alguma presciência de ti são flores brancas,
Tu hás viste crescer! Ateus são de tão cegos,
Não é possível sentir à vista Deus ausente.

XXI
Dizer mais uma, mais uma vez mais uma vez,
Tu iras me amar. Ainda que à palavra crebra,
Parecer-vos "ave de canto", fosse tratá-la
Lembra-te, nunca ao outeiro foi de tão simples.

Vale e madeira, sem a tua estirpe de cuco,
Vem novo maio, em todo livro verde findo teu,
Querido, em meio destas trevas da cortesia,
Por dúbia alma-voz, medida duvido da dor.

Grita, "Vez mais – tu me amas!" Quem pode temeste,
Muitas sinas, ainda uma ao céu devam rolar-te,
Muitas flores, das quais uma delas coara-lhe ano?

Dizer tu irias me amar, amar, me amar – portagem,
Prata cópia! - Apenas conserva, destes caros
Amando-me também neste silêncio da tua alma.

XXII
Quando nossas duas almas eretas e fortes,
Face a face, mudas, acercadas figuras unas,
São há extensão das asas quebradas do fogo,
São curva, - que cada qual amargurou de errado.

Pode à terra há nós, que não tivemos tempo,
Estar aqui agradáveis? Pensar. Edição acima,
Dos anjos que primam sobre nós nos aspiram
Soltar-vos alguns ouros orbe canção feita.

Na nossa densa, de cara paz. Vamos manter-nos,
À terra da vez, amado, - donde deste impróprio,
Humores dos homens resguardados distantes.

E isolarmos puros gracejos, e permitirmos,
Dum lugar ao ficarmos de o amor pôr um dia,
São trevas mortais-hora em que foi passada.
XXIII
É fato isso? Se me ponho aqui morta que nos
Fazias de quaisquer vidas perdeste às minhas?
E sol há ti mais friamente destes brilhantes
Solenes, quedam serenando ronda minha nuca?

Abismei, meu valioso, quando eu vos ler,
Teu pensamento está nesta carta. Sou tua –
Mas .... Tanta coisa de ti? Posso pôr teu vinho
Quando minhas mãos tremerem? Então, minha alma.

Sonhos de morte, abrevia vida humilhado círculo,
Então me ame, amor! Olharias a mim, respire em mim!
Quanto mais sábias donas não contam é curioso.

Ao amor, dar-lhes os hectares e que deste grau,
Me levando à tumba onde estás teu nome, em troca,
Adjunto doce vista ao céu, à vista do chão contigo!

XXIV
Deixaras o mundo à nitidez, sendo uma faca presa
Cerrada para não prejudicaste próxima 
Desta tua mão amada, que ora tão suave e quente,
Não vamos ouvir nenhum som conflitos humanos.

Após o clique da clausura. A Vida à vida.
Inclino-me sobre ti, querido, sem alarme,
Sofrendo salvando aguardar me deste meu charme,
Contra à prova mundanalidade prolifera.

São fracos ao ferir. Muito branquelos ainda,
São lírios de nossas vidas possam acalmar,
São flores cujas raízes, de tão acessíveis. 
 
Perdido celeste orvalhos quedam não menos,
Cultura reta alheios homens, topo da colina,
Só Deus, nos faz ricos, faz-nos mais pobres.

XXV
Cerne pesado, querido, tenho sofrido
Ano após ano, até que eu vi teu rosto,
Após agonia desgosto tomou o lugar,
Em alegrias naturais docemente findas.

As cordas pérolas, são cada uma erguidas entorno,
Imo batendo dança-tempo. Esperaste pressa,
Trocadas longos desesperos, até Deus graça
Mal podias alçar acima mundo largado.

Meu imo pesado. Então, tu mandavas levar,
Deixá-lo cair abaixo de tua grande calma,
Profundo ser! Veloz esvaecerá quando coisa.

Que à sua própria casta porventura afoita,
Eram acasos cerrarem supra, mediando,
Dentre os astros do destino não foi cumprido.

XXVI
Eu que vivi das visões desta minha empresa,
Os homens e as moças, que são há alguns anos,
Acho-os suaves teus amigos, nem pensei serem,
Há mais doce música foi ao tocarem em mim.

Mas logo tua saída roxa não me eras livre
Mundo, poeira, alaúdes fazem silêncio arder,
Crescias ligeiro sendo lhe cega debaixo
Sumiço teus olhos, então fizeste entrar a ser.

Amados, pareciam. As luminosas frentes
Músicas, os luxos (melhor, no entanto, a mesma,
São d´água dos rios santificado em fontes),

Reuniram-se em ti, e, que de ti superaste
Minha alma em alegria de todos os desejos
Dons Deus pôs homens melhores sonhos de infâmia.

XXVII
Ô meu amado, tu tiveste de que estar me levantando
Sombrio plano terreno donde estava deitada,
Por dentre dos lânguidos cachos, soprados
Fôlego da vida, até a testa, ansiaremos.

Brilha mais uma vez, são todos anjos vistos,
Antes do teu beijo! O Meu, deste meu próprio
Vinhas há mim, quando do mundo se finou
Olhei-o apenas como Deus, eu encontrei-te!

Achaste; estou segura e forte, e alegre 
Aquele avulta coberta de orvalho asfódelo.
Olha atrás no indigesto tempo ele viveu.

Vida superior - por isso, é com peito ótimo,
Dão testemunho, daqui, dentre bons e os maus,
Que o Amor, tão forte quão à morte, cobriu, bem.

XXVIII
Minhas cartas! Todos mortos, mudos e brancos
Porém, semelham estar vivos e vibrando
Contra minhas mãos urgem colher soltas cordas,
Ao deixá-las cair no meu joelho hoje à noite.

Dizendo isto, - ele quis ter-me em teus olhos
Duma vez, um amigo: estava em dia de maio
Veio tocando em minha mão ... uma coisa simples;
Ainda não chorei por ele! - Este ... foi papel da luz ...

Disse, querido, eu te amo; sendo caí e cedi,
Se amanhã Deus atroasse sobre do meu passado
Falei-te, sou tua – que tinta não jaza recalcitrante.

Deitado em meu coração ao bater muito célere
E este... Amor, tuas letras foram mal consagradas
Se, o que disse, ousou repetir-te foi à última!

XXIX
Penso em ti! - Meu ditado cordel, e botão
Sobre ti, videiras selvagens, sobre à árvore,
Postas grandes folhas, não serão vaidade olhar-te
Exceto de seguidas relvas, ocultas à madeira.

Porém, minhas palmeiras, sejam elas raiadas
Não vou ter o meu pensamento em vez de ti
Quem és querido, melhor! Em vez disso, célere,
Restauraste tua vista; ao cedro forte deverias ser.

Me arrume tua ramagem pondo tronco todas nuas,
E deixe destas faixas cerradas te circulem
Caídas fortes – soltas partidas todo lado.

Porque, nesta densa alegria te ver ouvir-lhe-ei
E respirar-te-ei nesta tua sombra dum novo ar,
Não creio em ti - estou muito perto de ti.
 
XXX
Vejo tua efígie por meio meus prantos à noite
Porém, hoje eu lhe vi sorrindo. Foi quando
Consultei-te há causa? - Querido, é tu foste
Ou eu, de que me deixaste triste? Qual acólito.

Em meio à alegria cantaram gratos ao rito,
Podem tudo ir, lívidas insensatas frontes,
Sobre o altar da escada. Quero ouvir tua voz e voto,
Perplexos, incertos, duma vez tu és ausentas.

Como ele, em comas ouvidos, do coro Amém,
Amado, teu amor? Ou eu vereei-te de todas
Das glórias, que eu sonhei, de desmaiar quando.

Muito merecido há minha ideal luz ampla
Minha alma aos olhos? Será à luz retornou
Partir desses choros agora - quentes e reais?

XXXI
Tu vens! Tudo é dito sem disseste da voz.
Sinto-me sob teu aspecto, fizeram às crianças
Meio-dia ao sol, feitas almas tremidas por meio
Felizes pálpebras dumas não foram acesas.

Pródigo ainda dentro alegria. Eis me desviei
Última dúvida! Ainda assim não consigo à sorte
Pecado maior, mas à ocasião - que nós dois
Por um momento de apoio inadiministrado.

Presença recíproca. Ah, mantiveste próximo,
Pomba ajuda! E, quando meus receios não somarem,
Teu grande imo tranquilamente arbitrados:

Ninhada abaixo com tuas divinas suficiências
Reflexões, tremerem quando ficam órfãs quem
Das quais imberbes aves deixam desertos céus.

XXXII
Primeira vez sol subiu sobre teu juramento,
Ao me amar, olhei para alto para a lua
Aliviei-me todas junções queriam ser muito breves
Céleres amarrados fazeres orlas morosos.

Célere-amoroso imo, pensei, podias odiaste
Veloz olhando em mim, parecia de que não aos 
Homens amores! - Mais quando alheias melodias,
Desgastado alaúde, bom cantor seria irado.

Ao estragar seu cântico, ti arrebatou à pressa,
Foram previstas primeiras malsonantes notas
Sentes mal por isso, mas tenho-me posta.

Mal de ti. Perfeito às cepas poderiam flutuar,
Cuidadoso mestre mãos partidas órgãos adúlteros,
Grandes almas, curso, possam fazer-se cultos.

XXXIII
Sim, chame meu nome muito amado! Deixaste ouvir
Nome usado ao executar, quando uma criança,
Inocente, ao deixaste lábios trigueiros seguros,
Olhastes dalguns caros saírem sê-me, caros.

Com olhar seus olhos. Sinto saudades claras,
Gostavas das mil vozes que seriam compostas
Quais músicas divinas sem máculas que não
Chamar-me agora. No silêncio deste esquife.

Quando chamo a Deus - convite Deus! – Assim tua boca
Serás herdeira daqueles agora são depressivos,
Reuniram-se ao norte flores embebecidas ao sul.

E apanharem do início amor até no final
Sim, me chamaste por esse nome, - que eu, de fato
Mesmo do coração, irei responder; não esperar.

XXXIV
Mesmo deste cerne, disse, vou responder-te-ei
Daqueles quando tu me avocaste meu nome –
Eis promessa vã! É mesmo, sendo-me mesma
Perplexa irritada estratégia desta minha vida?

Quando recebi convite antes, disse às pressas,
Deixei minhas flores ausentes voz brincadeira
Cantarem respondidas num sorriso que veio,
Derradeiro tempo, depois se dirigiste a mim.

Minha submissão. Quando eu lhe respondi agora
Deixando te um grande ditado, quebrei à solidão
Porém, ainda há no meu cerne vai a ti - pondera –

Não há um único bem, mas todos são meus bons,
Pões à tua mão sobre ela, melhor, permitir-lhe 
Qualquer guria corra mais veloz feito este sangue.



XXXV
Se deixastes tudo por ti, do que quiseste trocar,
E ser tudo por mim? É de que nunca me perca
Conversa caseira das bênçãos comuns dos beijos
Vindos cada um, seu turno, nem contar a estranha.

Quando olhaste ao alto, cairias numa nova gama,
Paredes e pisos, doutros numa casa que está?
Não quiseste tu encher este lugar por mim que é
Cheio destes olhos mortos aos saberes mudar?

Que é mais difícil. Conquistares o amor, tem tentado
Conquistas à dor, tentar mais, todas coisas confessas.
A tristeza é de fato o amor e o luto estão ao lado.

Infeliz, tenho magoada, sou difícil de amar,
Mas amar-me, queres? Abra teu coração grande
Dobrarem-se nestas molhadas asas da tua pomba.

XXXVI
Quando reunimos prima vez amei, não construí
Sobre teu evento marmóreo. Nem poderia ser
Do último, amor conjunto de oscilar dentre
Dores e agonia? Não, eu nem um pouco comovida.

Não confiei em cada luz que pareceste a dourar
Caminho unida, temiam encima deste apego
Dum dedo sequer. E, ainda ter crescido serena
Desde então, tenho-o em mim, do que foi que Deus quis.

Renováveis ainda ao medo ... Amor, Ó registro dos ...
Não sucederas envoltas mãos nunca devias brandir
Destes mútuos beijos dados dentre nós dois.

São coisas sem dono, uma vez, lábios sendo frios,
Do amor, sendo falso! Se ele, manter-lhe juramentos,
Perdem à alegria, por sua vida da estrela anunciada.

XXXVII
Ô Perdão, oh, perdão, minha alma deveria fazer,
De todos os que às fortes divindades que sei
Teu e- dei-te, duma efígie só será ser tua assim
De culta areia, há se apor por mudaste e anular.

Ela é tão distante dos anos que nós não teríamos
De tua soberania, que recolhê-lo dum golpe,
Têm forçado à minha digressão sofrimento
Nestas dúvidas medonhas, tão cegas e sós.

De tua pureza semelhante quase ao se distorcer,
Teu amor mais credor duma inútil corrução
Quão se náufrago pagão, seguro deste teu porto.

O seu guardião deus-mar que nos fazias comemorar,
Feito escultura porco-do-mar de guelras pulsadas
Vibrantes desta cauda, na porta deste templo.

XXXVIII
Prima vez ele me beijou, mas somente beijada,
Dos dedos das mãos das quais estas eu lhe escrevo.
Então, cresceram mais limpas e mais alvejadas
Lentas ao mundo-saudações, tão célere com "registro".

Quando os anjos nos falam. O Anel desta ametista
Não poderia usá-lo aqui, mais simples aos meus olhos,
Seja primeiro beijo. O segundo passou na altura
Primeira, procurou à fronte, outro meio perdido,

A metade do cabelo. O mais além da raça!
Esta missa crismal amada, da própria coroa
Quão santificar-se candura, que há fez preceder.

O terceiro sobre meus lábios dobrados aquém,
Perfeito, estado púrpura; quando, de fato duma vez
Tive orgulho ao dizer: "Meu amor, meu amor tão próprio."
XXXIX
Porque tu tens todo poder desta toda tua à graça
Vês através por trás de mim desta máscara minha
(Contra qual anos bateram assim foram acuando
Às chuvas); eis que minha alma do exato rosto.

Sombrio cansado testemunho vida corrida, -
E porque tu tens minha fé de amar me ao de querias ver-te,
Por meio desta mesma alma distraída da letargia
Dum paciente anjo ficou na espera dum lugar.

Novo céu - porque nem pecado nem os aís,
O abuso nem Deus, nem desta morte dos vizinhos
Nem tudo os outros viram, transformam para irem.

Nem todos me fazias cansados toda, auto visão,
Nada repele a ti .... Caros, ensinai-me tão
Derramadas gratidões, como tu sabes, boa!

XL
Oh, sim! Adoravam há todos neste nosso mundo,
Não desmentirei amor, convite amor esperávamos
Tenho ouvido amor falado em minha juventude
Duma vez não há muito tempo atrás, do jardim, mas flores.

Então juntos, cheiros ainda. Muçulmanos e giaures,
Deitavam véus sorrisos, não tenham nenhuma pena
De quaisquer choros. Do Dente branco de Polífemo,
Resvalam-se sobre à porca, após das crebras chuvas.

A concha está excessivamente boa, - que nem tanto,
Vais virar uma coisa chamada amor, além de odiada,
Ou então, de esquecimento. Mas tu não és quão.

Amante, meu caro amado! Tu pudeste esperar
Dor e a doença, levarem nossas almas os estes toques
Acho são breves quão outros bramidos "Tarde demais".

XLI
Agradeço todos aqueles amaram em teus cernes,
Gratidão e amor meus. Mais fundas gratidões todos
Quando quem aos poucos perto muro deste cárcere
Ouvirem minha música na sua mais alta expressão.

Não crerão entrou diante, de cada uma desta feira,
Do templo de ocupação, que foi além deste convite.
Tu, porém, em minha voz de tão pia de decaída
Quando verter-te prantos, tuas divindades da Arte.

Tu próprio instrumento está suspenso em teus pés,
Ouvias eu diria dentre dentro das minhas lágrimas....
Forme agradecer-te! Quem me dera, eternizá-las.

Minha alma plena de sentido dos anos futuros,
Deveriam prestar há pronunciação, saudações,
Amor perdura, mas vida é que desaparece!

XLII
"O Meu futuro não vais copiar justo meu passado"-
Escrevi certa vez; o pensamento está comigo.
Minha ministrada vida angelical se justifica
Palavra no seu aspecto atraente exaltação.

Ao trono cândido de Deus, me dirigi este último,
Não há, em vez disso, via, não está incluído,
Anjos são tua alma! Então, muito tempo tentados
Por males naturais, recebeu conforto célere.

Quando rebento, dele à vista, meu vagante bordão,
Deram folhas verdes manhãs dos orvalhos pérolas, 
Não sinto agora quão copiar vida primo meio.

Deixe aqui páginas longas árias enredadas,
Nova brancura da minha futura epigrafia,
Novos anjos meus inesperados no mundo!  

XLIII
Como eu te amo? Deixe-me contar caminhos.
Eu te amo à profundidade e largura e altura
Minha alma alcançar, quando sentir fora da vista
Para os fins do Ser e da Graça ideal.

Eu te amo ao nível do cotidiano dias
Precisão mais calma, pelo sol e vela-luz.
Te amo livre, quão os homens se lidam a o Direito;
Te amo pura, quão eles se demudam louvor.

Te amo com uma paixão colocada em uso
Em minhas velhas doenças, com fé minha infância.
Te amo com um amor que eu parecia perder.

Com meus santos perdidos, --- Te amo com alento,
Risos, choros, toda a minha vida! ---, Deus propor,
Eu vou te amar melhor ainda depois da morte.

XLIV
Meu amado, tu tens me trouxeste muitas destas flores,
Defloradas no jardim, todos Verões por meio
Do inverno, pareciam quão elas si cresciam mais vivas,
Próximas ao quarto, nem perderam sol e chuvas.

Por isso, nome disso é do amor que é nosso,
Terão volta dos ditos aqui desenrolados,
E que em dias quentes e frios, quais retirei-me
Meu coração. Fato, desses leitos sombreiros.

Cobertas amargas ervas daninhas e arrudas,
Confias tua capina; mas, aqui madressilvas
Veja hera! - Levá-las, quão costumava fazê-los.

Mantê-las vivas flores sempre não definham,
Olhais atento nas tuas cores vivas destas rosas,
Diga à tua alma às raízes foram deixaste na minha.
Elizabeth Barrett Browning - TRAD. ERIC PONTY

Escritos de 1845 há 1846; Os Sonetos da Portuguesa foram publicados pela primeira vez em 1850 e são compostos de 44 sonetos de amor nos anos crónicos do período antecederam a ela desde 1846 ao casamento até o falecimento. A coleção foi comercialmente bem-sucedida e ganhou grande aclamação da crítica, permanecendo entre os Barrett Browning mais populares aclamados até hoje. Ela foi inicialmente hesitante em publicar os poemas, sentindo que eles estavam demasiado pessoais para leitura pública. No entanto, o marido insistiu que eles foram a melhor sequência de sonetos da língua inglesa desde os sonetos de Shakespeare e insistiu para que ela publicasse os sonetos na sequência. Por isso, ela decidiu publicá-los como pretensa traduções estrangeiras de sonetos, por razões do anonimato. Ela escolheu o idioma português devido à sua admiração por Camões e As Letras Portuguesas. Os sonetos da Portuguesa contêm uma das mais famosas linhas de literatura inglesa, que começam com o Soneto 43, "Como é que eu te amo? Deixe-me contar as maneiras." O poema é uma bela e sincera declaração poética da poeta do amor sem limites ao seu marido e, desde então, passou a ser um dos mais antagônicos poemas da história literária. O namoro e o casamento entre Robert Browning e Elizabeth Barrett foram realizados secretamente quando ela e os seus irmãos foram convencidos de que seu pai iria desaprovar. Seis anos mais velha e inválida, ela não podia acreditar que o vigoroso e mundano Robert Browning realmente amava tanto como ele professava.
O casal veio a conhecer um grande círculo de artistas e escritores incluindo William Makepeace Thackeray, escultor Harriet Hosmer (quem escreveu sobre ela que parecia ser a "perfeitamente uma mulher emancipada") e Harriet Beecher Stowe. Em 1849 ela encontrou Margaret Fuller, e o sexo feminino o romancista francês George Sand em 1852, quem tinha por muito tempo admirada. Entre os seus amigos íntimos em Florença foi o escritor Isa Blagden, quem ela incentivou a escrever romances. Encontraram Alfred Tennyson em Paris, e John Forster, Samuel Rogers e o Carlyles em Londres, posteriormente aliando Charles Kingsley e John Ruskin.

Declínio e Morte

Após a morte de um velho amigo, G. B. Hunter, e depois do seu pai, da saúde de Barrett começou a deteriorar-se. Os Brownings mudaram de Florença a Siena, residentes na Villa Alberti. Anda na política italiana, ela publicou um pequeno volume de poemas intitulado Poemas políticos perante o Congresso (1860) "A maioria dos que foram escritos para manifestar a sua solidariedade para com a causa italiana depois do surto de combates em 1859". Poemas causaram um furor na Inglaterra e a revistas conservadoras Blackwood e o sábado revisão deste fanatismo. Dedicou este livro ao marido. Seu último trabalho foi um instrumento musical, publicado postumamente.
Barrett da irmã de Henrietta morreram em novembro de 1860. O casal passou o inverno de 1860-61 em Roma onde Barrett piorou ainda mais a saúde e voltaram para Florença no início de junho de 1861. Ela se tornou mais fraca, utilizando morfina gradualmente para facilitar a sua dor. Faleceu em 29 de junho de 1861 nos braços do marido.  Ele disse que ela morreu de desgosto" conta sorrindo, felizmente, e com um rosto como uma menina na.... Sua última palavra foi... "beleza". 
Ela foi sepultada no Cemitério Protestante Inglês de Florença. "Na segunda-feira 1 de julho as lojas na área em redor da casa Guidi foram fechadas, enquanto o enterro de Isabel teve manifestações incomuns de choro". A natureza de sua doença ainda é incerta. Alguns modernos cientistas especulam a doença dela pode ter sido insuficiência de Paralisia periódica, uma desordem genética que causa fraqueza e muitos outros sintomas descritos.
ERIC PONTY - POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA

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