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quarta-feira, abril 26, 2023

O PINTARROXO - John-Clare- Trad. ERIC PONTY

Hoje a neve ocultou o chão, Pintassilgos cedem o bosque,
E voam até à casa de campo para pedir comida;
Enquanto, pintarroxo, caseiro, é mais manso doutros,
Com as asas descaídas e as penas desfeitas,
Beirar das nossas janelas, tanto como para dizer,
"Eu animar-se a entrar, se arrumasse toparia de jeito,
Estou tão esfomeado, e, quero sair do frio;
Oh! fazei-me passagem, e, não me julgueis ousado".
Ah, pobre cria! As tuas visitas revelam zelos,
Queixas destas, para um coração que sabe sentir:
E não é em vão essas queixas são exibidas;
Faço-te um buraco, se tirar um vidro.
Entrai, e achareis a recepção de boas-vindas:
Não tenho tendência para o homicídio,
Mas oh, pequeno, pintarroxo! Tem cuidado pra não ficar,
Está casa, onde o camponês utiliza uma arma;
Pois se provares dá semente que ele espalhou,
A tua vida tal resgate deves pagar a comida:
Desígnio é certo, teu coração é tão duro quanto ele;
E tua raça, apesar de inofensiva, nunca irá avaliar.
Distinção com ele, rapazinho, não é nada;
Tanto a Carriça, tal Pisco, com Pardais devem cair.
Para a tua alma (ainda exterior pareça um homem)
É, na tua natureza, um lobo do clã Apenino;
Todo o teu estudo está voltado para a tua presa,
Então, tem cuidado e evita o que é suposto trair,
Vem, a minha casa de campo; serás livre,
Para se empoleirar no meu dedo, sentar-se no joelho:
Comerás dos restos de pão até te fartares,
E tem tempo para limpar, tuas penas e o teu bico,
Então vem, pequeno, pintarroxo! E nunca creias,
Estes convites calorosos têm alvo enganar:
Por dever de ofício, devo ter clemência de ti,
Já que Deus não o negou pecantes como eu.
JOHN CLARE - TRAD. ERIC PONTY
ERIC PONTY-POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA


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