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domingo, janeiro 01, 2023

Imitation of Spencer -John Keats - TRAD. ERIC PONTY

Hoje veio a manhã de tua câmara do oriente,
E primeiros passos tocaram uma colina verde;
Coroando tua crista com a chama âmbar,
Que, puros dos leitos musgosos, destilavam pra baixo,
E após a separação dos canteiros de flores simples,
Por muitos riachos, um pequeno lago se encheu,
Que ao redor de tua orla refletiam arqueiros tecidos,
E, em teu espaço médio, um céu que nunca desce.
Lá o rei-pescador viu tua plumagem viva,
Tingir com peixes de corante intenso aquém,
Cujas nadadeiras de seda, e escalpes sapés leves,
Lançam para alto, pelo meio das ondas, um brilho rubi:
Lá viu o cisne com teu pescoço de neve arqueado,
Faiscou teus olhos de cais; teus pés demostraram,
Sob as ondas como o ébano da África,
E de costas, um feno reclinado voluptuosa,
Ah! eu poderia contar maravilhas duma ilha,
Que naquele lago mais justo tinha sido assentado,
Eu poderia ter Dido de tua dor peguilhe;
Ou roubar do velho Lear seu amargo adolescente:
Com certeza, um sítio tão justo nunca foi visto,
De todo esse sempre sedutor olhar romântico:
Parece uma esmeralda no brilho prateado,
Das águas intensas; ou como quando em alto,
Por meio de nuvens do alvo pulguento, ri-se do céu "árido".
E ao seu redor mergulharam luxuosos,
Declives de verdura por meio da maré cheia de brilho,
O que, por assim dizer, é uma amizade suave,
Encantado com o lado florido;
Quão se pra colher lamentos rubras, ele tentou,
Que caiu profusa do caule da árvore da rosa!
Haja vista foi o modo funcionamento de teu orgulho,
Em luta para lançar duma joia sobre a costa,
Exceder todos botões do diadema da Flora.
John Keats - TRAD. ERIC PONTY
POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA ERIC PONTY


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