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sábado, dezembro 31, 2022

The Spectator (setembro de 1712), recolhido neste volume, Joseph Addison - TRAD ERIC PONTY

 Em um ensaio no The Spectator (setembro de 1712), recolhido neste volume, Joseph Addison observou que a alma humana, quando sonha, brotada do corpo, é ao mesmo tempo do teatro, dos atores e do público. Podemos acrescentar que é também o autor da fábula que está comparecendo. Existem lugares análogos de Petrônio e Dom Luis de Góngora. Uma leitura literal da metáfora de Addison poderia nos levar à tese perigosa atraente de que os sonhos constituem sendo mais antiga e não menos complexa dos gêneros literários. Esta curiosa tese, que não temos dificuldade em aprovar para a boa execução deste prólogo e para a leitura do texto, poderia justificar a composição duma história geral dos sonhos e de sua influência sobre as cartas. Este volume variado, compilado para a diversão do leitor curioso, ofereceria algum material como estes de exemplo:

A Visão dos Quatro arcanjos

Montes silencio, borda alva do mundo,
Quatro arcanjos caíram contra céu sem luz,
Suportaram, passos tranquilos e iguais,
Em grandes asas forradas, de grandes asas forradas,
caixãozinho porco onde uma criança deve aleitar,
Tão pequeno. (entanto irreal, Deus nunca poderia,
Ter-lhes dado a volta da criança primavera à luz do sol,
E fechá-lo naquele piso só, pra cair pra sempre,
No vago e no silêncio, pra a noite....)
Então, no puro auge do rol, acudiram à sua queda,
Por meio em dores ignotas, àquele frágil caixão negro,
Tal pequeno um pobre Corpo de Deus jaz, gasto,
Qual floral ermo, jazido gasto e magro,
Até não fosse mais visível; após acuado inda,
Rostos tristes e calmos pra, debaixo, campo

SOLDADO

SE eu morrer, pense apenas isto de mim:
Que há algum canto dum campo estrangeiro,
Isso é para sempre Inglaterra. Haverá
Naquela terra rica esconde-se um pó mais rico;
Um pó que a Inglaterra suportou, adaptou, fez cientes,
Deu, uma vez, suas flores pra amar, passagens pra vagar,
Um corpo da Inglaterra, respirando ar inglês,
Lavado pelos rios, abençoado por sóis de casa.
E pensem, neste coração, todo o mal se derrama,
Dum pulso no pensamento eterno, não menos
Dá algum lugar retorno ideias dadas pela Inglaterra;
Suas visões e sons; sonhos felizes qual seu dia;
E gargalhadas, saber dos amigos; e gentileza,
Em corações em paz, sob um céu inglês.

TRAD. ERIC PONTY
POETA-TRADUTOR-LIBRETISTA ERIC PONTY

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