FINIS
ABELHA
Λ Francis de Miomandre
O quê, tão bom, tão mortal,
Deixe-se levar, abelha loura,
Tenho, no meu cesto tenro,
Dum sonho feito renda.
Colhe do peito a bela cabaça,
Em quem o Amor morre ou desce,
Que um pouco de mim é rude,
Viena tem carne couro e rebelde!
Estou a carecer mui dum tormento,
Dum mal vivo e bem definhado,
Melhor do tormento do dormir!
Por isso, minha opinião, luzir,
Com pequeno alerta dourado,
Sem quem Amor finda ou dorme!
PAUL VALÉRY - TRAD. ERIC PONTY
POETA,TRADUTOR,LIBRETISTA ERIC PONTY
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