Moça, não advenha sem antes me haver idolatrado. Sendo bela ainda, noturna; verás quando for o meu outono sendo ainda mais quente que duma primavera por outra primavera.
Não busques no amor das virgens. Amor é uma arte muito difícil, na qual são poucas peritas as moças. Passei a existência toda para compreendê-la para ofertar o meu vero amor. Minha derradeira esteja tu, bem que eu sei. Te ofereço meus lábios da minha boca, pela qual todo um povo empalideceu. Eis meus cabelos ofertados, e, mais o poema:
Para quem tem paixão ofertado amor,
Quanto a ti surges lírica paisagem,
Só se deixa no céu então já olvidada.
Então vem se unir uma melodia,
Sendo então é preciso ser florista,
É que existência dessa tão perfeita,
Porque devo andar ao Sol mais plano.
Sendo Moça que é que é própria apartar,
Tão gentil que só espalha nas estrelas,
Da música um sentimento ao ar.
De perto já é duma moça aparta,
Pertences ao luar que jaz marinho,
Tão lívido pudor que vive adorno.
Reunirei, por ti, Todo que já juventude perdidas; sendo que arderei minhas obras.
ERIC PONTY
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