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segunda-feira, agosto 01, 2022

ISOTOPIA DA MOÇA - ERIC PONTY

Moça, não advenha sem antes me haver idolatrado. Sendo bela ainda, noturna; verás quando for o meu outono sendo ainda mais quente que duma primavera por outra primavera.
Não busques no amor das virgens. Amor é uma arte muito difícil, na qual são poucas peritas as moças. Passei a existência toda para compreendê-la para ofertar o meu vero amor. Minha derradeira esteja tu, bem que eu sei. Te ofereço meus lábios da minha boca, pela qual todo um povo empalideceu. Eis meus cabelos ofertados, e, mais o poema:

Moça ou Espectro formam-te adorno,
Para quem tem paixão ofertado amor,
Quanto a ti surges lírica paisagem,
Só se deixa no céu então já olvidada.

Então vem se unir uma melodia,
Sendo então é preciso ser florista,
É que existência dessa tão perfeita,
Porque devo andar ao Sol mais plano.

Sendo Moça que é que é própria apartar,
Tão gentil que só espalha nas estrelas,
Da música um sentimento ao ar.

De perto já é duma moça aparta,
Pertences ao luar que jaz marinho,
Tão lívido pudor que vive adorno.

Reunirei, por ti, Todo que já juventude perdidas; sendo que arderei minhas obras. 
ERIC PONTY
POETAS E TRADUTORES IVO BARROSO E ERIC PONTY

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