Pesquisar este blog

domingo, julho 31, 2022

DOIS CANTOS PARA AMADA INFANTA MORTA - ERIC PONTY





Vento, de que bate a montanha, sopra,
Mais suave em torno da dobra aberta,
E mundo vem suavemente pra àqueles,
Que são moldados em moldes tão suaves.

E a mim está ciência mais arrojada,
Ou então não me tinha atrevido a fluir,
Nestas palavras pra consigo, invadir,
Mesmo com um verso seu santo disgra.

Deus dá-nos amor. Algo para amar
Empresta-nos; mas, quando amor cresce,
Caindo, e, o amor então deixado em paz.

Mais uma vez. Dois anos cadeira é vista,
Sendo perda é mais rara; pra está estrela,
Nunca nasceu na terra. Pra apartar...

Grande Natura é mais sábia que eu,
Não vos direi para não vós chorarem.
Meus próprios olhos enchem de orvalho,
Que luto seja ainda a sua própria amante.

Isto tira um pensamento nobre.
Memória viverá mui tempo sozinha,
Em todos nossos corações, luz triste,
Que se reproduz acima Sol decaído.

Vaidoso consolo! Memória em rocha,
Que atirada pelos olhos, na garganta,
Pois também era uma amiga pra mim:

O lugar daquela que dorme em paz.
Dormir doce, coração terno, em paz:
Dormir, alma santa, d´alma benção.

POETA,TRADUTOR,LIBRETISTA ERIC PONTY NA SUA BIBLIOTECA


Nenhum comentário: