O livro chamava-se Tender
Buttons e, exatamente nessa altura, havia uma boa diversão a ser feita por
causa disso nos jornais americanos. Eu tinha já tinha lido um livro de Miss Stein
chamado Three Lives e tinha pensado nisso contendo alguns dos melhores escritos
alguma vez feitos por um americano. Eu estava curiosa sobre este novo livro.
O meu irmão tinha estado numa
espécie de reunião de pessoas literárias sobre a noite anterior e alguém tinha
lido em voz alta o novo livro de Miss Stein.
A festa tinha sido um sucesso. Depois de algumas linhas, o leitor parou e foi saudado por gritos de gargalhadas. Foi de regra aceitar que o autor tinha e eu fizemos uma coisa a que nós, americanos, chamamos "fazer passar algo" - o significado sendo que ela, por uma estranha atuação esquisita, tinha alcançado atrair atenção a si própria, ser discutida nos jornais, tornar-se para um tempo uma figura na nossa vida abreviada, antecipada.
O meu irmão, como se verificou, não tinha ficado satisfeito com a explicação do trabalho de Miss Stein então em curso na América, e por isso comprou os Tender Buttons, e, trouxemo-lo até mim, e ficámos sentados durante algum tempo a ler as frases estranhas. "Ele dá às palavras para um estranho novo sabor íntimo e, ao mesmo tempo, faz palavras familiares parecem quase estranhas, não é", disse ele. O que o meu irmão fez, como vêem, foi para pôr a meu pensamento no livro, e depois, partir-se sobre a mesa, ele foi-se embora.
GERTRUDE STEIN - TRAD. ERIC PONTY
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