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sábado, julho 16, 2022

O CÃO E O FRASCO - POEMA EM PROSA - CHARLES BAUDELAIRE - TRAD. ERIC PONTY

Meu soberbo cão, meu bom cão, meu valioso pouco cão maltes, venha aqui e respire este admirável perfume adquirido a partir dos melhores perfumes feitos nesta cidade.

E meu cachorro francês apontou a sua cauda, em sinal, de assumo, dentre estas pobres criaturas que gostam de brincar ou sorrir, e abordados, lhes enfiar o seu nariz molhado com curiosidade em um frasco aberto e então, de repente como numa chicotada num susto, latindo a mim feito qual uma maldição.

            "Ah, tu miserável cão, se eu tinha oferecido por um engano de dejeções, tu terias inalado odor com prazer e talvez até mesmo o comido. A este respeito, indigno cúmplice de minha vida triste, se assemelham ao público, para quem nunca se deve oferecer os aromas delicados que só lhes distancias, mas em vez de lhes dar apenas dejeções, muitos seletos com cuidado.  

CHARLES BAUDELAIRE - TRAD. ERIC PONTY

OS POETAS MINEIROS ERIC PONTY E ARICY CURVELLO DISCUTEM SOBRE A POESIA MINEIRA E A ATUAL.

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