que dessa arte ostentando seus primores,
com falsos silogismos destas cores,
és cauteloso engano do sentido.
Este, em que de lisonja há pretendido,
Excursar desses anos dos horrores,
e vencendo do tempo dos rigores
triunfar desta velhice e deste olvido,
És um vão do artifício do cuidado,
és uma flor que ao vento delicada,
és um resguardo inútil para é dado.
És uma néscia diligência errada,
és um afã caduco, bem olhado,
és cadáver, és pó, é sombra, és nada.
Sóror Juana Inés de la Cruz – Trad.- Eric Ponty
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