Ó mais belo azar da minha história,
Faz ó flor, que dentro da minha glória,
Amor me a roer, mostro eu do verme.
Gentil ao beijo, delicioso suco,
Tua boca vale mais doces versos,
E olham de teus belos olhos vários,
fale-me sobre eles mais memória.
Tu me fazes mal de todas belezas,
E o teu corpo oferta-me a crueldade,
Quando estou só ganhar vida em pintura.
E na noite tortura-me a dormir,
Sê acarinhá-la sem cessar piedade,
Suave Tua Laura desse meu tormento.
Paul Valéry – Trad. Eric Ponty
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