Longa, fina, grão luto, agonia, majestosa,
Passou-me uma mulher, com uma mão luxuosa,
Elevar, abalar festão da carpida bainha.
Ágil e nobre, com a perna de uma estátua,
Eu estava a beber, tenso por delirante,
No seu olho, céu lívido onde o tufão germina,
Doçura que fascina e o prazer que assassina.
Lida flash de luz... após noite! - Belo fugaz,
Em cujo olhar me traz que de repente à vida,
Vê-lo-ei que um dia apenas nessa eternidade?
Noutro lugar, longe daqui! Nunca demais!
Pois não sei pra onde segue, não sabes onde eu vou,
Ó vós que eu teria amado, Ó vós o que o sabíeis!
Ágil e nobre, com a perna de uma estátua,
Eu estava a beber, tenso por delirante,
No seu olho, céu lívido onde o tufão germina,
Doçura que fascina e o prazer que assassina.
Lida flash de luz... após noite! - Belo fugaz,
Em cujo olhar me traz que de repente à vida,
Vê-lo-ei que um dia apenas nessa eternidade?
Noutro lugar, longe daqui! Nunca demais!
Pois não sei pra onde segue, não sabes onde eu vou,
Ó vós que eu teria amado, Ó vós o que o sabíeis!
Trad. Charles Baudelaire
POETA IMORTAL DA ABL IVAN JUNQUEIRA LADEADO POETA ERIC PONTY
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