Tesoureiro das coisas do aviso proibido,
Uma estranha vide está a sangrar cernes faltos,
Onde a serpente Paraíso Perdeu assobios.
Anjo dormir quando quero. Vai, linda criança,
Com dentes sãos cacho onde a minha boca come,
Amanhã saberá o preço dessa colheita,
Virtude do vinho que o ancião lhe vendeu.
E verá a si própria agir, pensar e viver;
Será ao mesmo tempo que o leitor desse o livro,
E um obscuro escritor deste já odioso livro;
Fenecerá mui velha, cultivando sua angústia,
Por abdicar do ceptro dessa tua ignorância,
Que vos coroou iguais a dos heróis e deuses.
Albert Giraud – Trad. Eric Ponty
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