À Victor Hugo
Como um ceifeiro, de cuja foice alucina,corta o mirtilo fresco, quão o cardo duro,
Como uma pista cruel que, seu curso, brilha,
assobia, e, decompor o ar, assalta sem graça.
Quão a terrível morte de um dragão se mostra,
passando como uma trovoada entre os humanos,
Derrubar, esmagar tudo o que lhe encontra,
segurando um defeito suas mãos lívidas.
Rico, velho, jovem, pobre, pra o funesto império,
Todos obedecem; coração dos mortais,
Monstro mergulha, infeliz! Unhas de vampiro!
Prezando as crianças, bem como os criminosos,
Águia orgulho e serena, quando alto suas asas,
Vê-se este abutre negro a pairar sobre o orbe,
Desprezo em vez de raiva (em vez dessa cólera),
Magnânimo génio, cerne, por sua vez?
Mas, ainda desdenha a morte e seus alarmes,
Hugo sente pena dos tristes derrotados,
Sabe quando derramar algumas das lágrimas,
Quão a terrível morte de um dragão se mostra,
passando como uma trovoada entre os humanos,
Derrubar, esmagar tudo o que lhe encontra,
segurando um defeito suas mãos lívidas.
Rico, velho, jovem, pobre, pra o funesto império,
Todos obedecem; coração dos mortais,
Monstro mergulha, infeliz! Unhas de vampiro!
Prezando as crianças, bem como os criminosos,
Águia orgulho e serena, quando alto suas asas,
Vê-se este abutre negro a pairar sobre o orbe,
Desprezo em vez de raiva (em vez dessa cólera),
Magnânimo génio, cerne, por sua vez?
Mas, ainda desdenha a morte e seus alarmes,
Hugo sente pena dos tristes derrotados,
Sabe quando derramar algumas das lágrimas,
Alguns choros d´amor aqueles já não o são.
Paul Verlaine - Trad. Eric Ponty
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