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quarta-feira, março 09, 2022

1826 - La Mort de Talma - Gérard de Nerval - ( fragmento) Trad. Eric Ponty

Já não sou criança: supino lento a meu sonho,
Já caíram dezessete maios na minha vida:
Eu possuo uma lira; e, no entanto, as minhas mãos,
Tirar dela, durante mui era, só sons incertos......
Oh, quando chega o dia em que, livre do seu curso,
Meu cerne não verá mais a glória, o seu amor,
Para os sonhos da noite para seja incerto,
Fugir quão uma sombra à primeira luz do dia.
NAPOLEÃO
No meio do mar que separa dois mundos,
Uma rocha quase nua sobe sobre as ondas,
E o seu aspecto sinistro enche a alma de luto:
Há tanta glória que é abordada pela morte;
e vê-se um nome, uma cruz, uma espada, ....
Três atirados para cima de um caixão!
Este nome pode ressoar por mui era na história,
Por uma vez, como o bronze da batalha,
marca por turnos um triunfo, uma supressão,
Anunciava tanto a morte como a vitória:
Assim que soou como um sinal distante,
estremeceu de medo, e o outro de alegria,
Voaram para a glória, voaram para o abate,
mães premeram os seus filhos para o peito!
Cruz, enquanto ele viveu, foi a estrela d´ audazes,
Foi pelos nobres grilhões que se apegou aos patronos;
Ela tornou à França frutuosa em grandes homens,
E, quando irrompe sobre o céu e sobre os espíritos,
Naquele novo sol ele lançou sobre o mundo,
O olhar poderia distinguir-se em três cores,
Aqui está, está uma ilustre duma espada,
Que foi o destino de uma centena de guerras:
Quantas vezes a sua chapa foi imersa em sangue!
Quantos soldados já colheu! No fio da espada!
Gérard de Nerval - Trad. Eric Ponty

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