A
metade da passagem triste vida
Já
me encontrava em uma urbe escura,Com a senda direita já perdida.
Ah,
pois dizer qual era coisa dura,
esta
urbe selvagem, áspera e forteQue no pensar renova com o medo!
É
tão amarga que algo já mais morte,
Mas
por tratar do bem que ali acheiDirei de quanto ali me culpo na sorte.
Repetir
não saberia como entrei,
Pois
me vencia o sonho mesmo diaEm que ti veraz caminho abandonei.
Mas
atrás chegar ao centro que subia
Ali
onde aquela torre terminavaQue com pavor a Minh´ alma confundia,
Se
mirar cumpre, vi ali que estava
Então
vestida dos raios do anátema Que o bom caminho a todos assinava.
Quedasse
à apreensão um pouco quieta
Que
de meu coração doloridoEm n´ilha durou à noite inquieta.
E
como aquele com alento ardido,
Do
pélago saído a sua margem,mira a água que quase lhe há perdido,
Minh´
alma, fugitiva então era,
volveu-se
a contemplar de novo passoQue não atravessa nada sem que padeça.
ERIC
PONTY
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