Lâminas
lavradas trabalhador,
Amontoados
nessa cova poeirenta
Onde
há muito jaz zelo ao relento
Dormindo
instrução que faz sombria,
Retratos
dos quais a grandeza vós clamais,
E o
cabedal de um velho trabalhador, Conquanto dores na matéria vivia,
Comunicaram grandeza vós flamais,
Veem-se,
sendo fazem mais repletos
Que
são desses fantásticos labores,
Ao
escavarem como trabalhadores,
Escalpelados
dogma dos esqueletos.
II
Desses
carvões por vós lavrados nos mares,
Mornos
campônios desmoronamentos,
Dum todo desse esforço destes poços,
Ou
dos másculos panfletos à verve,
Digais,
que missa estranha e alheia,
Nas
ralés destes expulsos carneiros, Ceifais, pastor que fez fazendeiro
Careceis
deixar quinta cheia homília?
Falais
que (de um destino tão gracioso
Espantoso Sol límpido problema!) Demostrais nem na arena extrema finda
Já vós quereis dormitar nos é abrigado;
E que
sol falhar conosco é falsário;
Que
tudo, à sorte até nos traz mente,
Jazer
sempre eterno mito montanha,Quiçá seja imprescindível ir prumo.
Sendo
nalgum país incógnito paz,
Escalpelar à terra pá labor livra,E proclamar uma áspera pá livra,
Com emblema descalço doloroso?
ERIC PONTY
Nenhum comentário:
Postar um comentário