Expunham
em teus quadros à desta santa Verdade,
Em
cuja impressão, encadeava às piedosas entranhas,
E
já tremendo frio em tua vera austeridade.
Naquele
tempo, quando crescia vulto do Cristo,
Mais
dum ilustre monge, hoje já pouco citado,
Tomando
por talher deste campo funerário,
Glorificavam
à Morte com naturalidade.
—Minh
´alma é esta tumba que eu, mal cenobita,
Desde à eternidade habito em que recorro;
Nada embelece os muros deste claustro odioso.
Ô
monge folgadão! Porque arranjarei inventar,
E
com que vivo vista de minha triste miséria,
À
obra de minhas mãos e amor de meus olhos?
Charles
Baudelaire
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