No pórtico
da minha elegante casa você é o tronco
Com sua
louca euforia, perturbando as grinaldas de frutasE os fabulosos alaúdes e pavões, despedaçando o tule
De decoros que detém o retorno da tempestade.
Agora, ricos fins das paredes estão caídos; gralha-calva a coaxar
Acima do terrível estrago
De seu olho tempestuoso, toma o voo mágico
Como dum temor de caça às bruxas,
Saindo do castelo quando dos válidos dias de folga.
Fratura dos
pilares nos quadros da perspectiva da rocha;
Enquanto
você fica heroico no casaco e gravata, eu tomo assentoVestida de túnica grega e psique-nó,
Enraizada em seu negro olhar, o jogo transformou-se em tragédia:
Com essa pinta-preta que afligia na nossa falida fortuna,
Na sagração das palavras poderão corrigir os estragos?
PAISAGEM DE INVERNO COM À TORRE
Água no fluxo do moinho,
através duma eclusa de pedra,
Mergulhada de cabeça em uma lagoa preta
Aonde absurdo e fora da temporada, um único cisne
Na flutuação casta da neve, mofada nuvem do espírito
Qual à fome até aí no lance branco da reflexão da
penugem.
O austero sol empinado desde de Fen,
Dum olhar laranja ciclope, desprezado a observar
Mais sobre esta paisagem de desgosto;
Das penas escuras no pensamento, eu como um caule de gralha-calva
Ao ficar remoendo a noite vinda de inverno.
No verão passado as canas foram todas inscritas no gelo
Como é a tua imagem em meus olhos; seca geada
Esmaltes da janela da minha ferida; qual consolo
Ao poder ter fulminado às rochas fazendo o coração devastado
Rejuvenescer outra vez? Quem passeia nesta mugem do
lugar?
Sylvia Plath
TRADUÇÂO
ERIC PONTY
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