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quinta-feira, maio 17, 2018

La Belle Dame Sans Merci - REVISED VERSION - J. KEATS. TRAD. ERIC PONTY

I
Ah, o que poderia nos chatear-se,
Humilde, só e palme-te brando;
O junco é resguardado lago, 
Nenhum pássaro jamais entoará aqui.

II
Ah, o que poderia te chatear-se,
humilde, tão vexado e tão alquebrado?
O celeiro do esquilo está apinhado
E a colheita está arranjada.

III
Eu vejo um lírio nesta testa,
Qual uma angústia úmida e febril;
E na sua intrujice uma rosa
Se esvaindo mais veloz porque também murchou.

IV
Conheci uma Dama das campinas,
Inteiramente bonita,
Era uma criança de fada;
Seu cabelo era tão longo,
Seu pé era tão leve e olhares eram ferinos.

V
Eu a assentei no meu corcel de braço de mar,
E nada mais se viu o dia inteiro;
Para que lados se inclinaria e cantaria
Esta sua música qual duma fada.

VI
Eu fiz uma guirlanda a sua cabeça
E pulseiras também e zona perfumada;
Ela olhou em mim quão ela amava
E fez uma doce lamentação.

VII
Encontrou-me nas raízes de sabor doce,
E no mel silvestre e no orvalho maná,
E com certeza da lamúria intrigante, ela articulou:
Eu te amo certo.

VIII
Ela me levou a sua gruta de Elfin,
E lá ela contemplou e ansiou fundo,
E lá eu fechei seus olhos tristes e ferinos -
Então beijei entorpeci.

IX
E lá nós dormimos no musgo,
E lá eu sonhei, ai, ai, ai, ai!
Sendo último sonho que previ
No lado mais frio da colina.

X
Eu vi reis pálidos e príncipes também
Guerreiros lívidos, pálidos qual à morte,
Eram todos eles;
Quem choraste - ”Le belle Dame dans Merci
A ti na servidão!

XI
Eu vi em seus lábios esfomeados na penumbra
Com apavorante ameaça aberta,
E eu acordei e me deparei aqui
Neste lado frio desta colina.

XII
É por isso quando eu me perco por aqui
Só e pálido quedo,
Embora o junco jaza ausente do lago,
E nenhum pássaro jamais entoará aqui.

 J. KEATS
 TRAD. ERIC PONTY

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