Sobre o monumento insensível,
Que das sombras, desamparadas,
De amor desprezado
Decompõe sua forma abatida,
Suporto, sofro em ti,
Caiu em ti e me lastimar.
Porém apenas pendido, sobre baixa cova,
Cuja latitude hirta me atrai
À transformar-me cinzas,
Esta agonia aparente,
Há quem retornarei à vida,
Se tremesse, reabrindo olhar,
Me cintilando e me morde
E me carpe sempre outra vez à Morte
Mais preciosa que à Vida.
PAUL VALÈRY
TRAD. ERIC PONTY
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