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quarta-feira, abril 11, 2018

Vergers (Elegia) ERIC PONTY


À Rilke
I
Esta noite em meu coração fez-se cantar
Aos anjos que lembrem de mim...
Uma voz, quase minha nessa relva
Sendo tentada excesso silente,
Subir e descer degraus
Não retornar jamais;
Voz terna e intrépida relva,
Em que ela se unirá
Num só coração?

II
A Lâmpada noturna serena qual confidente,
Não se ergue na vela frágil de meu coração
(Seria árduo faze-lo); porém costas verdura
Do lado estão suaves acesas
À memória de Virgílio
Sem Paradiso.

Também quais lâmpadas de estudante,
Que desejaria tal leitor,
de tanto em tanto,
Embora leitura, admira
Nessa relva
Qual carpete retumbar qual montanha!

(Simplicidade suprime há angelical
Benção.)

A Lâmpada noturna serena verdura
Iça-se aos homens num sermão
Dum ermo Serro!
ERIC PONTY

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