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quinta-feira, abril 12, 2018

As VIDRAÇAS - Stéphafane Mallarmé - TRAD. ERIC PONTY

Á Prof. Maria Teresa
Qual dum triste hospital e dum incenso fedido,
Que se uniu na pureza banal cortina,
Versus bom crucifixo da parede oca,
Moribundo hipócrita levanta um velho.

Se fila partiu, aquém em se acender-se vício,
Que para ver o Sol sobre pedras, punidas,
São nestes pelos brancos de tísicas figuras,
São vidraças que um belo intenso raio verte.

E obtuso e teso e azul devorador acalma,
Tal jovem ela vai respirar teu tesouro,
Na pele virginal e de outrora! Enodoa
Dum longo beijo amargo morno xadrez doiro.

Ébrio, vivo olvidado horror aos santos óleos,
As tisanas, relógio são que dum leito inflige,
Tosse e quando à noite sangra dentre telhas,
É um céu, horizonte à luz desfiladeiro.

Vejo das galerias doiro, em soberbos cisnes,
Sobre um rio escarlate e perfumes dormidos,
Embalados lampejos fero em ricos raios,
Em grande indiferença pesada memória.

Se, pegando repugnância homem alma dura,
Oprimidas são graça ou seu só apetite,
Comem, e que obstinado à busca do estrume,
À servir à fêmea enfermeira aos pequenos.

Eu fujo e eu me atrelo em todas às cruzadas,
De se tornar de ombro à vida, abençoar,
Qual teu copo lavar nas eternas das rosas,
Na dourada manhã casta do infinito.

Eu me olho observo d´anjo! Eu morrer-te amo,
- Qual deste vidro quero à arte quer misticidade –
Ao renascer, portanto, meu sonho em diadema,
Este céu anterior ou flóreo pela à graça.

Mais, hélas! Aqui-baixo mal assinalada,
Vem me nausear à volta até este abrigo bom,
É vociferação impura da imprudência,
Dá coragem tapar ao nariz diante azul.

Este médio fez, ô me conhecer angústia,
De pregar-me cristal ao ser monstro do insulto,
De me esquivar com minhas asas duplas sem plumas,
_. Ao risco decair durante à eternidade?
 Stéphafane Mallarmé
TRAD.ERIC PONTY

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