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quarta-feira, abril 18, 2018

La Belle Dame Sans Merci - JOHN KEATS - TRAD. ERIC PONTY



Ô, nos careceria de enfadar-nos
Cavaleiro d´armas, só 
Pálido vadio?

O junco secou teu lago,
Sem qualquer ave seduzir.

Que nos poderia enfadar-nos,
Ô Cavaleiro de armas,
Tão enfraquecido e tão infeliz?

Celeiro do Esquilo coalhado
E à colheita está perpetrada.

Observo dum lírio em sua testa
Com esta angústia úmida febril.

Suas bochechas são quais rosas
desvanecer-se.
Tão veloz também já murcharam.

Conheci à senhora nos meadores,
Tão formosa, qual criança de fada;

Seu cabelo era longo,
Pé ligeiro e olhos
Eram quão selvagens.

Eu fiz à guirlanda à cabeça dela
Pulseiras também em zona fragrante;

Me admirava quão amava
E fez de mim doce soluço.

Eu à pus no meu corcel dei passo,
Nada mais vi durante dia todo.
De soslaio, dobraria e cantaria
Duma canção de fada.

De soslaio se dobraria e cantaria
Duma canção qual sendo uma fada.

E com certeza em linguagem estranha,
Disse - Ti amo qual à verdade.

Ela me levou ao seu campo de elfin
E lá ela chorou suspirando dolorosa.

E lá fechei seus olhos tão selvagens
Com quatros beijos.

E lá me embalando ao adormecer,
E lá eu sonhei - Ah! Ai de mim!

O último sonho eu sonhei
No lado da colina gelada.

Nós então choramos — "La belle dame sans merci
À ti me entrego escravizado!

Eu vi seus lábios famintos brilharem
Com um aviso horrível desempetido.

E eu acordei e me achei aqui
Ao lado desta colina gelada.

E é por isso que eu pernoito aqui,
Tão só e desocupado qual um vadio.

Contudo o junco esteja apartado do lago
E nenhuma ave esteja à cantarolar.

JOHN KEATS
 TRAD. ERIC PONTY

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