Pesquisar este blog

sábado, fevereiro 10, 2018

Torquato Tasso - SONETOS - TRAD. ERIC PONTY

Descrive la bellezza de la sua donna e il principio del suo amore, il quale fu ne la sua prima giovinezza.

Era da idade de meu alegre abril,
Por anseio d´alma ainda menina,
Me indagava qual bela despertava,
De aprazer em aprazer do gracejo.

Quando me olha dona mui parecidos,
Nem a tua voz é cândida qual de anjinhos,
Ali não mostraram ser quase já eleita,
Mostrar-se por dar meu formoso estilo.

Maravilha nova! Está meu verso e eu,
Circundava teu nome altera pluma,
Um por outro, eu ando retorna a prova.

Esta foi daquela o qual dei suave luz,
Lamentar só  o cantar de me servir,
Eu primo ardor espargir doce olvido.

Segue la medesima descrizione.

Tua ampla fronte crespa douro luzente,
Sumo encrespar lindos olhos de raios,
Ao terreno alega de florido maio,
Junho haver outro limite ardente.

Nem branco seno Amor carinhoso,
Estilhaçava não ouso agir ultraje,
E aura de falar cortês sensato,
Entre rosa aspirar odor tão amiúde.

Eu que forma celeste em terra vista,
Prendo luz digo: “Ali qual é aloucada,
Olhar nem ela se encara tão audaz.

Mas de outro perigo não me escapa,
Que me fui por orelha cerne ferido,
Chamo andar onde não chego e volto.

Dimostra come l’amore acceso in lui da l’aspetto de la sua donna fusse accresciuto dal suo canto.

Endereço já suave vago aspecto,
Quebro gelo onde armou desdém da cerne,
E deste vestígio antigo ardor,
Conheça dentro deste cambiante peito.

E de nutrir-me o mal preso da dileta,
Com isca tão doce dum suave do erro,
Esforçava num lisonjeiro amor,
Nem belos olhos albergados eleitos.

Quando eis novo canto cerne golpeia,
Espírito nem fogo e mais ardente,
Fez-se flama tão plácida e tranquila.

Nem crescer mais nem cintilar vinte,
Coisa vi jamais faz-se comovido,
Incêndio crescido nesta fagulha.

Dice d’aver veduta la sua donna su le rive de la Brenta e descrive poeticamente i miracoli che facea la sua bellezza

Sobre todas outras, amo estimo,
As Flores colhidas vi eu desta margem,
Mas não tanto outra eu agarro louro,
Quanto fez da erva branco não se abre.

Hesitava espalhar-se crina douro,
Amor mil e mil ligas se tramavam,
Aura desde falar doce do conforto,
Era do fogo de os olhos apagavam.

Firme curso rio puro qual incerto,
Espelho daquela cabeleira loura,
Desta igual e de que tua doce luz.

Parei em dizer; ”A tua bela imagem,
Se pura não digna só rio grande,
Ilumine dona plácidas ondas”
TRAD. ERIC PONTY

Nenhum comentário: