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sábado, fevereiro 10, 2018

Dante Alighieri - SONETOS - TRAD. ERIC PONTY

Dante da Maiano a diversi rimatori.

Provendo-me sábio, da visão,
Arbítrio não trai vera sentença,
E digo duma dona bela facção
De meu coração medir mui agência.

Minha fé duma guirlanda doação,
Verde, frondosa bela recepção,
Aproveito meu trovar por vestígio
Camisa teu cume minha partida.

Destinai tant´ amigo,privilegio,
Docemente grandeza abraçar,
Não desacordo desprezar belo.

Coisa desprezando mui em beijar,
Coisa desprezando mui em beijar,
Qual já não digo minha fé julga
E morta minha mãe era como ela. 

Dante Alighieri a Dante da Maiano.

Salva julgamento vossa razão,
Que homem que prega salvar saber,
Porque vitando haver vossa questão,
Com teu respondo palavra ornar.

Desejo fértil arado ao fim se pôr,
Gesto de valor se faz obediente,
Imagina vossa amiga de opinião
Significasse um dom antes contasse.

A vestimenta rica vera esperança,
Que fia dela qual almejado amor,
Não prover vosso espírito bondoso.

Digo pensando nessa tua ocasião,
Figura que já morta sobrevir,
Na firmeza haverá no coração.

Dante da Maiano a Dante Alighieri

Vou qualquer sítio, amigo, teu manto,
A ciência falar tal não é jogo,
Sem que, por nem saber-me, d’ira toco,
Aludir-lhe, satisfazer tanto.

Sacia-te bem (Se vou conosco enquanto)
há de saber ver sou homem d’um pouco,
Nem por via maga parto nem volco,
Quase parente mago em cisco canto.

Põe  vontade saber minha de coragem,
Vez que olhei rosto intrigados há quem,
Forem qual por mago vosso falar:

Certos foram consciência do torpor,
Não é amado, se ele é teu amador,
A Cor vulto dor reza-lhe paraíso.

Dante da Maiano a Dante Alighieri

Não entendendo de amigo vosso nome,
Donde se movendo com medir fala,
Conosco bem ciência grande nome,
Se quanto saber ninguém por murmura.

Se pôr bem o conhecer que dum homem,
Ocasiona se há seno bem que murmura,
Acender, pois, vou saudar lhe por nome,
É forte língua minha disto falando.

Amigo é (certo sondar este amado,
Por amor conforta) saco bem que ama
Não és amado maiores ébrias portas.

Tal dor tem sob tua varinha ardida,
Todo outro inicio nenhum chamou,
Disto vem quanta da pena amor porta.

Dante da Maiano a Dante Alighieri

Lapso sorte fez meu destino serra,
É agradecer bem não sabendo como,
Por mim já sábio convergir-me como
É vosso saber cada questão serra.

Da sorte que mui gente disse se erra,
Tal fugir quem amo não há quanto,
Próprio se desejo saber  é sorte,
Disto amiúde digo, havendo serra.

Porém rogo argumentar sensato,
Autoridade mostrando isto porta,
Vou impressionar este já clara.

E logo parece falar disto claro,
Qual já explicou sorte pena porta,
Propor, amigo prova ajuizado.

Dante da Maiano a Dante Alighieri.

Amor fez sinceramente amar,
E si distrito em teu desejo feito,
Só um ora não poderia partir-se,
Do Coração de meu de pensar aflito.

D’Ovidio sorte filh´ incontável prova,
Que dizer por mal d´Amor em curar,
sorte ver-se não vale mais mentir,
Porque só me rendo mercê chamar.

E bem conosco tudo verdadeiro,
Que inverso Amor não vale força arte,
Engenho nem a lenda que homem se trova.

Nunca que mereça ser que do enfermo,
E bem servir coisa como é parte,
Provado d´ amigo sábio aprovar.

Dante Alighieri a Dante da Maiano.

Sabes cortesia engenho e da arte,
Nobilizar beleza o rigor,
Fortaleza humilde larga essência,
Proeza excelência vinda salvar.

Esta graça e ventura em uma parte,
Aprazer amo conseguir amor,
Uma já bem já feita de valor,
Inverso dele cada um não parte.

Onde se voos amigo ti valia,
Ventura natural e do acidente,
Leal aprazer amor deveria.

Não constatar de tua graciosa obra,
Nula coisa que encontro de potente,
Querendo prender ti com tua peleja.

TRAD. ERIC PONTY

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