AUSENTE
Ausente! Na manhã em que me vai Mais distante que longínquo ao Mistério
Como seguindo inevitável limite
Teus pés resvalaram o cemitério.
Ausente! A manhã em que na praia
Do mar da sombra do silenciado império
Como um lúgubre pássaro que me vai
Será o branco panteão teu cativeiro.
Se terás feito noite em seus olhares
E sofreras e tomarás então
Penitentes brancuras laceradas.
Ausente! E em teus próprios sofrimentos
Há de chorar entre um tremor de bronzes
Uma matilha de remorsos.
Meia luz
Hei sonhado com uma fuga. E hei sonhado
Teus encaixes dispersos na alcova.
Ao largo de um delicado alguma mãe.
E seus quinze anos dando um senso de hora.
Teus encaixes dispersos na alcova.
Ao largo de um delicado alguma mãe.
E seus quinze anos dando um senso de hora.
Hei sonhado com uma fuga. Uma “para sempre”
Suspirado na escala duma proa
Hei sonhado com uma mãe
Uns frescos arbustos de verdura
Enxoval constelado de uma aurora.
Suspirado na escala duma proa
Hei sonhado com uma mãe
Uns frescos arbustos de verdura
Enxoval constelado de uma aurora.
Ao largo de um delicado....
E ao largo de um colo que se afoga.
E ao largo de um colo que se afoga.
Bordas do céu
Venho verte passar todos os dias,
Fumaça encantada sempre longínquos
Teus olhos são vermelhos capitais
Teu lábio é um brevíssimo pano
Zinho Vermelho que ondeia em adeus de sangue!
Fumaça encantada sempre longínquos
Teus olhos são vermelhos capitais
Teu lábio é um brevíssimo pano
Zinho Vermelho que ondeia em adeus de sangue!
Venho verte passar, até que um dia,
Embriagado pelo tempo e de crueldade
Fumaça encantada sempre longínquos
A estrela da tarde partirá!
Embriagado pelo tempo e de crueldade
Fumaça encantada sempre longínquos
A estrela da tarde partirá!
Equipamento vento que tracionam ventos
De mulher que passou!
Teus frios capitães lhe darão ordem
E que se farás perdido serei eu...!
De mulher que passou!
Teus frios capitães lhe darão ordem
E que se farás perdido serei eu...!
TRAD.ERIC PONTY
Nenhum comentário:
Postar um comentário