E ao ver os passos pôr do que hão traído,
Falo, segundo pôr donde andar perdido,
Que o maior mal pudera haver chegado.
Mas quando do caminho isto olvidado,
Há tanto mal que não sei por hei chegado,
Sei que me acabo e mais eu sentido,
Ver acabar comigo do meu cuidado.
Eu acabarei, que me entreguei sem arte,
Há quem saberá perdesse e acabar-se,
Se quiser e há um saberá querê-lo.
Que, pois, minha vontade pode matar-me,
A tua, que não és tanto de minha parte,
Podendo, que farás, porém, fazê-lo.
TRAD.ERIC PONTY
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