Pesquisar este blog

quarta-feira, setembro 06, 2017

O Gato - Charles Baudelaire - Tradução Eric Ponty



Á Carine
Surja, magro gato, ao meu cerne amoroso;
Por favor, deixe garras serem camuflas.
Deixe-me afundar em teus belos olhos,
Coalescência de ágata e aço fez cerne.

Meus lentos dedos estão a afagar tua testa.
E a tensão do teu corpo, amável
Minha mão ébria de prazer se acha
No efeito de tua eletricidade,

Minha mulher vem à minha mente. Nome dela.
Quão o teu próprio, meu animal afável,
É denso frio e aquinhoar qual uma lança,

E, da cabeça dela, se faz. Nome dela.
Um ar sutil e insolente de perfume
Flutuar sempre em contorno de tua pele marrom.
Tradução Eric Ponty

Le Chat
Viens, mon beau chat, sur mon cœur amoureux;
Retiens les griffes de ta patte,
Et laisse-moi plonger dans tes beaux yeux,
Mêlés de métal et d'agate.

Lorsque mes doigts caressent à loisir
Ta tête et ton dos élastique,
Et que ma main s'enivre du plaisir
De palper ton corps électrique,

Je vois ma femme en esprit. Son regard,
Comme le tien, aimable bête,
Profond et froid, coupe et fend comme un dard

Et, des pieds jusques à la tête,
Un air subtil, un dangereux parfum
Nagent autour de son corps brun.
Charles Baudelaire

Nenhum comentário: