III
Foi
naquele dia em que o raio do sol
Escureceu
com pena do Criador,
Fui
capturado e não me defendi,
Porque
lindos olhos me ataram, dona.
Não
me semelhou instante me abrigar
Contragolpes
do amor: então eu jazi
Confiante,
leviano; meus problemas
Começaram,
dentre dor tornam públicas.
O
amor me descobriu tudo sem armas,
Abriu
caminho ao cerne por meio olhos,
Sendo
feitas passagens e portas lágrimas:
De
modo me parece faz pouca honra
A
me ferir com flecha, naquele estado,
Não
demostrou seu arco que está armado.
IV
Que
providência e arte são infinitas
Ele
mostrou em seu domínio magnífico,
Que
criou isso e dum outro hemisfério,
E
Júpiter muito mais gentil do que Marte,
Descendo
à terra a fulgurar a lauda
Durante
mui anos ocultou a verdade,
Tirando
João das redes e São Pedro,
Tornando-os
parte reino do paraíso.
Não
lhe agradou a nascer em Roma,
Mas
na Judéia: exaltar humildade
Tal
estado supremo sempre o agrada;
Cá
duma pequena aldeia é dado sol,
Modo
lugar e a natura se elogiam,
Onde
uma dona tão amável nasceu mundo.
ERIC
PONTY
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