Senhor!
Se é vero algum proverbio tão antigo,
Lendo
isso, diz: Quem pode, nunca o fará.
Olhe!
Se ainda prestasse ouvido às fábulas,
Laureando
aqueles odeiam nome fato.
Sou
seu artesão e fui do meu viço -
Seu, quão raios círculo sol recheou;
Mas, minha perda tempo ânsia não pensou mal:
Quão
mais afligido, menos movi a sua razão.
Sendo
minha espera alçar sua altura;
Mas
é sensatez e da rica espada
Justiça,
não falso Eco, do qual nós devemos.
Céu,
quão pinta, planta a virtude apesar
Daqui à terra, esta for nosso laurel -
Buscar
frutos d´árvores ainda secas à raça.
Tradução Eric Ponty
Signor,
se vero è alcun proverbio antico,
questo
è ben quel, che chi può mai non vuole.
Tu
hai creduto a favole e parole
e
premiato chi è del ver nimico.
I’
sono e fui già tuo buon servo antico,
a
te son dato come e’ raggi al sole,
e
del mie tempo non ti incresce o dole,
e
men ti piaccio se più m’affatico.
Già
sperai ascender per la tua altezza,
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e ‘l giusto peso e la potente spada
fussi
al bisogno, e non la voce d’eco.
Ma
‘l cielo è quel c’ogni virtù disprezza
locarla
al mondo, se vuol c’altri vada
a
prender frutto d’un arbor ch’è secco.
Michelangelo Buonarroti Rime
– Tradução Eric Ponty
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