Pesquisar este blog

sexta-feira, agosto 29, 2025

LE VIEUX TAMBOUR - ALBERT GIRAUD. – Trad. Eric Ponty 85080 Acessos

 A Émile Van Arenbergh

Sou velho tambor. Uma vez, em minha pele,
Quando o céu da alva era igual um buquê de rosas,
De Cythera voou o bando de amores,
E minha alma soou sob baquetas cor-de-rosa.

Eu sou um velho tambor. Há muito tempo, após o ataque,
Quando os capangas mataram as mulheres nas sarjetas,
O prazer do sangue me fez ter um empuxo,
E minha alma gritou sob as baquetas rubras.

Eu sou velho tambor. Agora meu madeiro defunto
Lamenta sob o infortúnio, a vergonha, o remorso...
Não há mais auroras rosadas e glórias ardentes.

Hoje, coberto por um longo crepe de luto,
Soluço surdamente diante de um caixão,
E minha alma falece sob negros gravetos.

ALBERT GIRAUD. – Trad. Eric Ponty 

  

     ERIC PONTY POETA-TRADUTOR-LIBRETTISTA

Nenhum comentário: