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Fidelidade ao Texto Original
Ponty mostra um esforço consistente em manter a proximidade com o texto original de Baudelaire. Ele preserva muitas das metáforas e imagens vívidas que são características marcantes da poesia de Baudelaire.
Fluência e Naturalidade da Linguagem
Embora Ponty mantenha uma alta fidelidade ao original, ele também adapta a linguagem de forma que soe natural para leitores de língua portuguesa. Ele evita a literalidade extrema, que poderia resultar em uma tradução rígida e artificial. Em vez disso, Ponty opta por uma abordagem que prioriza a fluidez e a acessibilidade, sem perder a complexidade do texto. Ponty escolhe palavras que, embora não sejam traduções diretas, capturam a essência do sentimento de deslocamento e grandiosidade do poeta comparado ao albatroz.
Preservação do Tom e Estilo
Um dos maiores desafios ao traduzir Baudelaire é preservar o tom sombrio e o estilo decadente que permeiam “Minhas flores do mal”. Ponty demonstra uma sensibilidade notável ao estilo baudelairiano, utilizando uma linguagem que evoca a mesma atmosfera opressiva e melancólica do original.
Conclusão
Eric Ponty consegue realizar uma tradução de “Minhas flores do mal” que respeita a obra original, ao mesmo tempo em que adapta a linguagem para que seja natural e fluida em português. Ele equilibra habilmente a fidelidade ao texto original com a necessidade de manter a fluidez e a acessibilidade, preservando o tom sombrio e decadente que define a poesia de Baudelaire. Esta tradução oferece aos leitores lusófonos uma experiência rica e envolvente, mantendo-se fiel ao espírito da obra original.
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